Na semana em que irá embarcar para Quito, onde poderá decidir sua sorte na Libertadores, o Grêmio passou aos seus torcedores uma leve sensação de insegurança, mas conseguiu empatar no final. Sem o rendimento de partidas anteriores, permitiu a virada de 2 a 1 para o Juventude, na Arena, pelo Gauchão, e chegou ao 2 a 2 com Luan, de falta, aos 50. Quarta-feira, o time recebe o Brasil-Pel, pelas quartas de final. No dia seguinte, viaja para o Equador.
Dois fatores explicam a queda de rendimento ofensivo do time em comparação com a goleada sobre o Passo Fundo. Primeiro, os cuidados defensivos do Juventude, que ocupou bem a intermediária e cortou a movimentação de jogadores como Luan e Douglas. Depois, a característica dos jogadores escalados por Roger Machado. Giuliano, incansável nas funções táticas, não chegava ao fundo de campo com a frequência de Fernandinho e Pedro Rocha. Assim, muitas vezes, coube a Wallace Oliveira o papel de atacante pela direita.
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Bobô, novamente participativo, desta vez foi dispersivo nas conclusões. Como em Passo Fundo, o começo foi fulminante. A três minutos, lançado por Maicon, Wallace Oliveira cruzou na direção de Bobô. Bem colocado, o centroavante chutou para defesa parcial do goleiro.
Douglas, desmarcado, aproveitou a sobra e chutou de pé esquerdo: 1 a 0. Com Wallace Oliveira pela direita e Luan pela esquerda, o Grêmio colocava em prática a amplitude, um dos conceitos de Roger Machado. Embora chutasse menos do que o esperado, controlava o jogo, só permitindo que o Juventude chutasse pela primeira vez aos 14 minutos, com Felipe Lima, em chute defendido por Bruno Grassi.
A chance de ampliar foi desperdiçada a 16 minutos, por Maicon, que chutou sobre o corpo de goleiro. Houve então o relaxamento defensivo citado por Roger. Que permitiu ao Juventude obter espaços até então inexistentes. A 22 minutos, quase na lateral, Hugo deu chapéu em Bobô, cruzou na direção da área, Grassi afastou errado e Bruno Ribeiro, após drible em Edinho, acertou chute forte e empatou. Também foi do Juventude a chance seguinte, mas Hugo não conseguiu bater após bicicleta de Neguete.
Outra vez em estado de alerta, o Grêmio desperdiçou chances em sequência. A primeira, um cabeceio de Bressan, após escanteio. As posteriores, com Bobô. Numa, ele demorou a chutar, tendo só o goleiro pela frente. Na outra, já dentro da área, errou o alvo com um arremate cruzado.
O começo do segundo tempo foi preocupante. Logo a seis minutos, Wallace Oliveira caiu na área com a mão sobre a bola. Na cobrança do pênalti, Hugo venceu deslocou Bruno Grassi e colocou o Juventude em vantagem.
De novo, seria preciso superar a boa marcação do Juventude. Houve duas chances, ambas com a participação de Luan. Na primeira, ele chegou atrasado em cruzamento de Bobô. Na segunda, chutou rasteiro, para fora. Roger buscou maior movimentação ao trocar Douglas por Lincoln. A pressão cresceu. Assim como o futebol de Maicon, que serviu Luan a 22 minutos, para chute forte, defendido por Douglas. No lance seguinte, foi a vez de Bressan, na frente da meta, bater alto.
Alguns erros de passes em lances aparentemente simples já refletiam o nervosismo do Grêmio com o mau resultado, apesar do domínio quase absoluto. Bem postado, o Juventude resistia aos avanços de Luan, Lincoln e Giuliano. Bobô, enquanto isso, buscava espaços fora da área. Aos 37 minutos, ele estava impedido em cruzamento de Fernandinho e teve seu gol anulado. Outra chance, aos 42 minutos, foi um cabeceio de Thyere, defendido por Douglas.
Aos 50 minutos, Luan cobrou falta certeira e balançou as redes, chegando ao 2 a 2.
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