Foi uma classificação na garra. Nas tiradas de cabeça de Geromel. Nas defesas de Marcelo Grohe, traído só em um lance pela velocidade da bola. Na armação e no golaço de Walace, um volante moderno. Na superação das tonturas e da falta de fôlego causadas pela altitude. A vitória por 3 a 2 sobre a LDU premiou ainda o time mais técnico e inteligente: o Grêmio.
Fosse no seco e ao nível do mar, o Grêmio faria muitos gols mais. A chuva encharcou o gramado, o que causou um prejuízo adicional. A ideia era driblar os efeitos da altitude jogando agrupado, trocando muitos passes e fazendo a bola correr. As poças d'água atrapalharam. Virou um jogo muito físico.
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Enquanto teve gás, no primeiro tempo, experiência do trio de articuladores (Douglas, Luan e Giuliano) foi decisiva. Desorganizada, pressionada, a LDU não os vigiou. Foi o seu maior pecado. O primeiro gol, de Douglas, é um primor. Uma bucha. O que dirão seus críticos? O segundo veio em seguida, com Bobô. Aí a LDU se atirou. Fechou o primeiro tempo pressionando, oferecendo o contra-ataque, já com o gás gremista faltando.
O segundo tempo foi de pura superação. A LDU descontou com menos de um minuto, mas Walace encaixou um golaço, no ângulo: 3 a 1. A LDU seguiu ameaçando na força, apenas. Seu craque era a altitude. O Grêmio se segurou na valentia, já sem oxigênio. Bressan, Lincoln e Pedro Rocha saíram do banco para ajudar a respirar. Uma vitória heróica. O Grêmio venceu a altitude e está nas alturas, classificado.
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