Vivi um grande momento profissional já no ocaso de 2015. Foi na Arena, mas não como jogador, que habilidade me faltaria, nem propriamente como jornalista! Não, leitor, não desista deste texto caso, percebendo a que me refiro, identifiques algum truísmo nestas primeiras linhas. Não foi só a publicação de um livro gratificante que me alegrou naquele instante. Refiro-me, também, a um novo amigo que fiz: Roger Machado.
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Tive a honra de dividir com o Roger uma sessão de autógrafos organizada pelo Grêmio e pela L&PM, e nossa afinidade abreviou aquelas três horas. Vibrávamos com a oportunidade de mostrar a real beleza do nosso Grêmio. Mais que isso, porém: percebi que nosso clube está recuperando sua alma, e isso é imenso. Num repente, Roger olhou para mim e comentou:
- Reparaste que as pessoas falam em alívio? Sinto isso também.
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O técnico que assumira o comando do time afirmando trazer o DNA tricolor explicou: as pessoas que estavam naquela longa fila se diziam aliviadas ao comprovar cabalmente a tradição generosa e plural do nosso clube, uma tradição que, ao contrário do que a lenda urbana insistia em contar, vem das suas origens.
Entre risos, Roger me revelou que comprou uma cadeira no Olímpico quando se transferiu para o Japão. Indagado pela sua irmã a respeito de gesto aparentemente tão inócuo, ele respondeu:
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- Sei que estarei longe. Mas compro essa cadeira porque preciso manter algum laço com o meu clube.
Lembro isso quando fico sabendo que Geromel recusou diversas propostas por concluir que seu lugar é a Arena. Quando sei que Douglas Costa, por mais que seja obrigado a ostentar o boné do Bayern, sempre usa junto algum adereço do seu Grêmio amado.
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Também penso em Barcos, que reitera frequentemente a vontade de voltar. São muitos casos recentes, de gente que se soma a figuras como Ancheta, Tarciso, Dinho, Mazaropi e tantos outros que se radicaram em Porto Alegre por amor ao Grêmio. Tamanha propensão à empatia parece estar sendo resgatada, e isso alegra a gremistas como eu e Roger.
Na passagem de ano, eu e Roger conversamos. Revelei-lhe meus projetos literários. Não falei de um deles, e ele talvez tenha estranhado: não, Roger, eu não esqueci da promessa de que, se tudo der certo neste 2016, eu escreverei um livro sobre o primeiro homem que, como jogador e técnico, conquistou a...
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Não serei indiscreto. Resta-me apenas desejar:
- Um ótimo 2016, amigo! Que nossos maiores sonhos se realizem.
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Léo Gerchmann
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