Acompanhe o Grêmio através do Gremista ZH. Baixe o aplicativo: *ZHESPORTES
O presidente Romildo Bolzan me revelou um dado que enseja uma reflexão. O ideal, do ponto de vista de receita e despesa, seria o Grêmio voltar à Libertadores somente em 2017, com as finanças totalmente equilibradas. Na matemática fria, excluindo o ganho subjetivo - valorização dos jogadores, reforço da marca, visibilidade, venda de produtos - a premiação por fase não compensa os custos para disputá-la. Pode até ser deficitária.
Libertadores dá prestígio, mas pouco dinheiro, lamenta Bolzan
Se o Grêmio pudesse dispor de suas rendas como mandante, este cenário seria mais ameno. Não é caso. A bilheteria fica com a OAS, destinada a abater a dívida da migração do Olímpico para Arena, na parte em que o clube se comprometeu a subsidiar os sócios cuja modalidade dava acesso a todos os jogos.
Grêmio aposta nas imagens de Roger e Grohe para o lançamento de plano de sócios
É claro que Bolzan não considera a Libertadores um incômodo. Ao contrário. A luta no Brasileirão foi por alcançar o privilégio de disputá-la. Estar nela é prova do trabalho bem feito. A estima do torcedor explode. O torneio tem o DNA do Grêmio. Mas é inacreditável constatar que, na ponta do lápis, a maior competição sul-americana não dá lucro aos seus participantes.
Grêmio tenta viabilizar contratação de Zelarayán por empréstimo
Enquanto a Libertadores é disputada em raríssimos bons estádios e dá prejuízo, a Liga dos Campeões oferece milhões de euros em prêmios até para o time que for eliminado na primeira fase perdendo todos os jogos.
É preciso evoluir na parte técnica, com profissionais que aceitem a ciência aplicada ao futebol como único caminho. Mas se isso não vier associado a uma renovação drástica de gestão, nada feito. Nesse sentido, sem meias palavras, a Conmebol é um lixo. O que salva a Libertadores é o glamour. E só.