A estreia do Grêmio no Brasileirão este domingo surge como uma nova chance para Walace. Aos 20 anos de idade, o volante lançado por Felipão no Gre-Nal do primeiro turno no ano passado deve substituir Fellipe Bastos e iniciar entre os titulares contra a Ponte Preta neste domingo, na Arena.
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Em entrevista a ZH, o garoto fala sobre o ambiente no vestiário após a derrota no Gauchão, as perspectivas do time no Brasileiro e também de seu sonho de disputar a Olimpíada no Rio em 2016.
Como vocês estão digerindo a derrota no Gre-Nal?
Pelo tempo que o clube não ganha um Gauchão, não ganha um título, nós ficamos muito tristes. A gente precisava desta conquista para desafogar um pouco isso. Mas o Brasileirão é a chance que temos para dar a volta por cima e dar alegrias ao torcedor.
Pelo que o Grêmio vai brigar no Brasileirão?
É um recomeço para nós. Temos que esquecer o que aconteceu no Gauchão, não tem mais como voltar atrás. Temos também a Copa do Brasil neste segundo semestre. No Brasileirão, a gente sabe que é mais complicado. Vamos brigar, ao menos por uma vaga na Libertadores. Falar de título é um pouco demais, temos de reconhecer isso. Mas vamos brigar por alguma coisa.
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É uma chance para você dar um salto na carreira?
A gente precisa aproveitar as oportunidades. Se o Felipão me der chances, vou trabalhar para ajudá-lo da melhor forma possível.
O grupo está pronto para encarar o campeonato?
A própria direção diz que existe a necessidade de trazer reforços. Temos que ser realistas e reconhecer que precisa contratar, mesmo. Como o grupo tem muitos jovens, é importante trazer jogadores mais experientes para fazer esta mescla. Isto dá mais confiança para a gente.
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Como a saída do Cristian Rodríguez afetou o vestiário?
Ele é um cara espetacular. Brincava com a gente, dava risada. Sempre estava com um mate na mão. Dentro de campo, infelizmente não pôde contribuir muito. Mas é um grande jogador, que talvez não chegou aqui nas melhores condições. Mas se ele continuasse aqui, certamente ia nos ajudar.
Passa pelo aproveitamento da base a retomada do time?
A base tem sua força. No Inter que enfrentamos na final do Gauchão, oito jogadores criados lá foram titulares. Creio que o Felipão vai aproveitar muito os guris formados pelo Grêmio. O ponto forte do Grêmio hoje é a defesa?
Acredito que sim. Temos um goleiro de Seleção, que é o Marcelo Grohe. Além disso, contamos com zagueiros experientes como Rhodolfo, Geromel e Erazo. Não tomar gols, a gente está sabendo muito bem. Mas na hora de fazer, nosso time peca um pouco nas finalizações.
Você fará dupla com Maicon. Como é o entrosamento de vocês?
A gente conversa muito nos treinamentos. Principalmente as questões de posicionamento meu e dele, quando um sai para o jogo o outro cobre a marcação. A gente se dá muito bem, acaba se aproximando um pouco mais. Por ele ser mais velho, dá conselhos, passa um pouco de experiência e de confiança. E isso me ajuda muito.
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Como você lidou com a lesão no tornozelo no início do ano?
Foi um baque, né. A previsão inicial era 45 dias de afastamento. Eu recém estava voltando da Seleção. Mas consegui me recuperar antes, fiquei 26 dias parado. Como participei do Sul-Americano pela Seleção sub-20 no início do ano, perdi a pré-temporada. Então, acabei aproveitando para aprimorar a parte física também.
Existe algum jogador em quem você se inspira?
Me agrada muito os que saem para o jogo e sabem marcar. Procuro me espelhar no Pogba, ele faz gols e ajuda na defesa. No Yaya Touré e no Pirlo, que tem muita técnica também.
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Você pensa em jogar a Olimpíada no ano que vem?
Estou trabalhando para isso, todo mundo sonha em estar na Seleção. Eu quero ir para a Olimpíada. Se eu tiver esta honra, vou tentar ajudar da melhor forma possível.
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No que Felipão te fez evoluir?
Foi ele quem me deu a primeira chance no time, né. Só tenho a agradecer a ele. Ele me cobra muito nesta parte de posicionamento, para ficar um pouco mais na defesa. Sempre um volante cobrindo o outro. Também me ajudou a melhorar em alguns fundamentos como cabeceio, tempo de bola e finalizações.
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Como vocês lidam com o estilo exigente dele?
É baixar a cabeça e procurar fazer o que ele quer. Procurar aceitar a cobrança. Se está errado, ele sabe como corrigir. Treinamento é para errar. A gente erra no treinamento para fazer um bom jogo.
Você está pronto para jogar na Europa?
Pronto, a gente nunca vai estar. Mas você vai aprendendo. Quando chegar a hora, Deus vai me iluminar. Procuro deixar estas questões com o Rogério Braun, que é meu empresário. Se algo acontecer, tem que ser bom para mim e para o Grêmio também.
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Essa possibilidade mexe muito com você?
A gente fica um pouco ansioso, né. A vontade existe, é claro. Com todo jogador é assim, mas precisa acontecer na hora certa.
Você usa muito as redes sociais. Agora está no Facebook também?
Lancei minha fanpage (www.facebook.com/walacess) na sexta-feira. É importante para estar mais perto dos torcedores, passar informações. É uma interação muito bacana com eles.
O Grêmio controla o que é postado por vocês?
Não procuram controlar isso. Sabem que podem confiar na gente. Todos os jogadores são muito centrados, a gente sabe o que pode postar ou não.
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Entrevista
Walace projeta estreia do Grêmio no Brasileirão: "Um recomeço para nós"
Em exclusiva a ZH, volante fala sobre as perspectivas no campeonato
Adriano de Carvalho
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