O diretor financeiro do Banrisul, Ricardo Hingel, diz que não há débito entre Arena Porto-Alegrense e os bancos que financiaram a construção do estádio. Apesar de assegurar que os pagamentos das parcelas estão em dia, ainda existe o risco de a Arena não ter recursos para receber jogos do Grêmio.
OAS confia em acordo com bancos para evitar fechamento da Arena
A informação de que o estádio corre o risco de fechar as portas foi dada pelo colunista da Veja Lauro Jardim e confirmada pelo presidente Romildo Bolzan em entrevista a Zero Hora, em Brasília. A Arena Porto-Alegrense, que administra o complexo, e a OAS estariam com as prestações dos financiamentos atrasadas, o que o Banrisul contesta.
Arena do Grêmio corre o risco de fechar para jogos
- Não há inadimplência, existem recursos para pagar as prestações. A operação da Arena não tem prestação vencida - afirma Hingel.
Os R$ 230 milhões financiados para construção da Arena foram viabilizados em uma operação liderada pelo Santander, com participação do Banco do Brasil e do Banrisul. A Arena Porto-Alegrense criou uma conta centralizadora, administrada pelo Banrisul, na qual são depositados os valores arrecadados na renda dos jogos e cerca de R$ 1,8 milhão que o Grêmio repassa todos os meses.
OAS já atrasou três parcelas do financiamento da Arena
É desta conta que os bancos retiram o dinheiro para quitar as prestações e para custear a operação do estádio. Quando a Arena abre as portas, o recurso para bancar gastos como bilheteria e segurança é retirado da conta com o aval dos três bancos.
- É como se fosse um cheque, que precisa da assinatura dos três bancos - explica Hingel.
Com a dificuldade da Arena para manter as parcelas em dia, em virtude da crise financeira da OAS, investigada na Operação Lava-Jato, o Banco do Brasil teme não receber as parcelas. Nos últimos anos, a OAS tem auxiliado, com recursos do seu caixa, a Arena a pagar o financiamento.
Por isso, o Banco do Brasil quer garantir o dinheiro da conta centralizadora para bancar o financiamento, impedindo repasses de custeio da operação. Banrisul e Santander têm posições diferentes, aceitam liberar as verbas para garantir os jogos.
- A posição do Banrisul é clara: paga-se a operação da Arena. O estádio precisa funcionar para que o financiamento seja pago - diz o diretor do banco.
Em nota oficial, o Santander não confirmou os atrasos. Mas também não negou:
"O Santander esclarece que está empenhado em encontrar uma solução que garanta a continuidade das operações da Arena do Grêmio", diz o texto.
Procurado por Zero Hora, o Banco do Brasil não comentou o assunto devido ao "sigilo comercial".
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Versão do banco
Banrisul nega atraso em pagamento de financiamento da Arena
Diretor financeiro de um dos três bancos envolvidos na negociação afirma que não há inadimplência nas parcelas
Guilherme Mazui / RBS Brasília
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