Não pensava que escreveria essa frase, mas tenho de escrevê-la: Kleber Gladiador tem lugar no atual elenco do Grêmio.
Kleber não é a solução, porém joga mais do que os garotos. Em cinco rodadas, nenhum guri deixou rastro de esperança. Em cinco jogos, apenas Everton fez gol. Em cinco jogos, Everaldo, Lucas Coelho e os demais são dominados pelos zagueiros do Interior. Em cinco jogos, ficou claro que não vão estourar.
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Romildo Equilíbrio Financeiro Bolzan erra de novo na condução do caso do atacante que custa R$ 740 mil mensais. Vai mantê-lo afastado e buscará Walter por cerca de R$ 250 mil mensais. A direção dos cortes de gastos vai tornar o time mais caro para buscar uma incógnita.
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Romildo fala que o caminho não é reintegrar Kleber, que há um "processo muito avançado" para resolver a questão. Então defina o que é "muito avançado". É tão avançado que ainda levará uns três meses e custará mais de R$ 2 milhões ao clube? Levará mais um ano? Romildo fala como o político que é, despeja frases vagas e imprecisas.
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Se a direção pretende negociar Kleber, não seria mais fácil valorizar o atleta? Ou é mais fácil vender um jogador que você passa falando mal e que treina em separado? Mesmo que Kleber não seja solução, diante da penúria técnica do time e da intenção de vendê-lo, o melhor caminho é colocar o homem para jogar.
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Analisando o caso de Kleber, lembro de um amigo que dizia: "Esse negócio é pior do que comprar um carrão importado. Tu paga uma fortuna, e na hora de vender ninguém paga o que ele vale."
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Pois certa feita um gajo comprou um importado esportivo usado. Sonhava tanto em desfilar de vidro baixo e braço para fora em uma nave, que pagou pelo carro usado o preço de um zero. Parcelou em 60 vezes, um carnê de cinco anos. Depois de 24 prestações, desistiu da máquina.
- Consome muita gasolina, a manutenção é cara, o seguro é um assalto, o carro não é tão veloz - justificou.
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Empenhado em vender o importado, colocou anúncio em jornal, site, Facebook. Deixou a chave com um amigo. Foi um test drive. O possível comprador usou e devolveu. O possante voltou para garagem do gajo e ainda faltavam 24 prestações.
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Com a nave em casa outra vez, o dono seguiu em busca de um comprador. Ao interessado que aparecia, era sincero sobre as condições do carro.
- Olha, o motor dá umas engasgadas de vez em quando, a bateria está quase morrendo, a estabilidade não é lá essas coisas. Ah, o carro faz quatro quilômetros por litro de gasolina, por isso que nunca tiro da garagem. Fora isso, é um excelente carango.
Não precisa ser a Mãe Dináh para adivinhar que o gajo jamais vendeu o carro. Morreu abraçado no importado.
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