O Grêmio perdeu. Pediu para perder. Errou demais com três e com dois zagueiros, com três volantes e com dois volantes e com várias formações de ataque. Errou sempre no lado esquerdo.
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Ninguém esperava tantas falhas no Planalto Central, especialmente pelo bom momento gremista, pela série de jogos com bons resultados. Pelo tamanho do Goiás, o resultado não era esperado. O Grêmio sai do Serra Dourada menos confiante no seu futuro.
O primeiro gol, na derrota para o Goiás, 2 a 0, nasceu de um erro bizarro de Dida. No segundo, Bressan, foi superado pelo atacante de quase 100 quilos, o melhor em campo e um exemplo, ao menos neste jogo, para a dupla Kleber e Barcos.
Walter marcou dois gols e, mesmo fora de forma, alucinou a defesa gremista. Eram três zagueiros contra um atacante isolado. Perdeu a zaga. Walter fez de tudo. Passou, driblou, lançou e marcou duas vezes. Não é preciso pedir mais para um centroavante acima do peso.
O Grêmio mostrou defeitos. Fez uma má partida, tão ruim quanto a de sábado passado, contra a Ponte Preta. Os alas não acertaram os cruzamentos. Alguém precisa ensinar Alex Telles a melhor maneira de passar certo uma bola.
Matheus Biteco foi mal, assim como Souza, Kleber e Barcos. Maxi Rodríguez não consegue jogar. Mamute entra nos últimos minutos e não resolve.
O que faltou ao Grêmio foi criatividade, talento no meio-campo e força ofensiva. Os erros individuais nasceram numa noite de falhas coletivas. Renato demorou para mudar o sistema tático depois do primeiro gol, ficou com um zagueiro sobrando durante muito tempo. Quando sofreu o segundo gol, empilhou atacantes. Não achou o equilíbrio. Perdeu.