Ídolo da torcida do Fenerbahçe, da Turquia, o meia Alex, 34 anos, é quem o técnico Vanderlei Luxemburgo idealiza para ajustar o meio-campo do Grêmio. Já as tratativas para a contratação do uruguaio Cristian Rodríguez deverão ser retomadas somente a partir de junho, quando se encerra seu contrato com o Porto, de Portugal.
Segunda-feira, durante reunião com o presidente Paulo Odone e o diretor-executivo Paulo Pelaipe, o técnico reiterou os rasgados elogios que havia feito ao jogador na véspera, durante o programa Bate Bola, da TVCOM. Frente às câmeras, chegou a defini-lo como gênio e única peça de uma equipe de quem não cobraria tarefa de marcação. Era assim no Cruzeiro campeão brasileiro de 2003, time no qual Alex dispunha de ampla liberdade de movimentação, enquanto Augusto Recife, Maldonado e Wendell tratavam de marcar.
- Já que Luxemburgo mostrou-se tão interessado, poderemos fazer uma tentativa - confirmou Odone ontem a Zero Hora.
Há, contudo, uma considerável distância entre sonho e realidade. Desde que chegou ao Fenerbahçe, em 2004, Alex transformou-se em celebridade. Foi tricampeão turco em 2005, 2007 e 2011. Encanta os torcedores com os mesmos gols e dribles que costumava marcar em sua trajetória no futebol brasileiro, iniciada no Coritiba, no final dos anos 90, e com duas passagens por Palmeiras, duas pelo Cruzeiro, Parma, da Itália, e quase 70 convocações para a Seleção Brasileira.
No ano passado, firmou um novo contrato, com duração até junho de 2013. Sua contratação não sairia por menos de 10 milhões de euros, valor em torno de R$ 23 milhões. Odone reconhece que teria dificuldade em obter apoio de investidores para contratar um jogador com mais de 30 anos.
Por enquanto, o Grêmio conta com um eventual desejo do meia de retornar ao futebol brasileiro, como aconteceu com o volante Gilberto Silva, quando desligou-se do Panathinaikos, da Grécia, no ano passado. Aposta, também, na relação muito próxima entre o meia e Luxemburgo.
A direção não confirma qualquer investida. Oficialmente, prefere pensar em soluções que não sejam tão onerosas. Mas não adianta qual seria o nome.
O recuo em relação a Cristian Rodríguez é estratégico. A direção entende que é melhor esperar que fique livre do Porto, a partir de 31 de maio, quando seria possível trazê-lo sem maiores custos. Nesse caso, o risco é uma forte concorrência de outros clubes europeus ou brasileiros.
