É do Espírito Santos que vem uma das promessas do Inter. Com 20 anos, a meia Marzia será uma das representantes do time colorado na disputa da Copa do Mundo sub-20. Em Porto Alegre desde a última temporada, também passou pela forte base do Santos.
— Foi muito especial para eu poder vir jogar no Inter, um clube tão grande como esse. Quando cheguei fiquei muito feliz, me adaptei, e é sempre especial poder entrar em campo com essa camisa — contou a meia, em entrevista a Zero Hora.
Natural de Serra, município mais populoso do Espírito Santo, Marzia está realizando um sonho que nutre desde a infância. Assim como a maioria das atletas, começou a jogar com os meninos, até se desenvolver e ter o incentivo da mãe Fernanda.
— Futebol é minha paixão desde novinha. Jogava na escola com os meninos e todos me viam. Até que um dia, depois de muitas pessoas falarem para minha mãe me colocar para atuar em algum lugar e eu sempre pedir também, ela foi aceitando a ideia e me colocou em uma escola lá da minha cidade. Então, comecei a jogar campeonatos, viajar e me apaixonar mais ainda pelo futebol — relembra a jogadora do Inter.
Aos poucos, foi escrevendo sua história no futebol e acumulando passagens por grandes clubes, como Cruzeiro e Vasco, até chegar ao Santos e despertar o interesse do Inter. Neste período, também recebeu sua primeira oportunidade na seleção. Em setembro de 2023, foi convocada para disputar a Liga de Desenvolvimento sub-19.
— Lembro que minha primeira reação foi chorar, pois sempre sonhei muito com essa conquista. Logo em seguida já liguei para minha família para dar a notícia. Foi um momento muito marcante na minha vida e na minha carreira — disse Marzia.
Sonhos com a amarelinha
Aos poucos, Marzia foi ganhando espaço (e confiança) com a camisa da Seleção Brasileira. As convocações foram se repetindo e, neste ano, teve a oportunidade de disputar o Sul-Americano sub-20. Foi com o título que o Brasil carimbou seu passaporte à Copa do Mundo da categoria.
— Foi um sonho realizado poder disputar e ganhar uma competição como essa e representar o meu país, foram meses de muita preparação para aquele momento. Sinto que evolui muito como atleta — ressalta.
As constantes convocações foram auxiliando no crescimento e na maturidade da jovem atleta. Os processos contribuíram para que também passasse a ganhar mais oportunidades no time principal do Inter.
— Todo convocação você aprende algo a mais, como atleta e até como pessoa. São muitos aprendizados e informações e, geralmente, em um curto período de treino. Então, acredito que a cada convocação vamos pegando as ideias mais rápido e a dinâmica de treinos também — afirma.
Agora, Marzia terá a maior (e melhor) experiência que uma atleta de base pode ter: a disputa da Copa do Mundo. A seleção já está na Colômbia, onde estreará diante de Fiji, no sábado (31), às 20h, buscando o ouro inédito.
— Todas nós sonhamos em ser campeãs mundiais, acredito que seja o sonho de toda atleta. Vai ser uma experiência única e sabemos que temos que dar nosso melhor todos os dias aqui para pode realizar o que a gente quer — finaliza a meio-campista.
Em 2024, o Brasil buscará superar a campanha de 2022, quando conquistou o terceiro lugar. Sob o comando de Jonas Urias, a seleção voltou ao pódio. Algo que só tinha conquistado em 2006, quando também foi bronze.
Marzia Coutinho Raposo Fernandes Figueira
- idade: 20 anos (07/06/2004)
- cidade natal: Serra-ES
- clube: Inter (desde 2023)
- primeira convocação: 2023 (categoria sub-19)
- vínculo com o Inter: dezembro de 2024