O técnico Fernando Diniz concedeu, na noite desta quarta-feira (11), a última coletiva antes do confronto com a Venezuela pela terceira rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. Na entrevista, ele detalhou o processo de desenvolvendo do seu trabalho, que consiste na valorização de dois tópicos: aproximação com o elenco para explorar a individualidade dos atletas e utilizar o legado do Tite para encaixar o seu estilo.
Ao ser questionado se, neste início de ciclo, a Seleção Brasileira já tem a sua cara, ele foi enfático:
— A Seleção tem a minha cara porque foi competitiva e solidária. A minha cara é essa. No meu time, gosto de jogadores que se aproximem e que gostem de atuar juntos — afirmou o treinador.
Adaptar a sua filosofia em um calendário em que o tempo não joga a favor tem sido um desafio para Fernando Diniz. Para conseguir ter o resultado esperado no campo, ele tem usado a conversa com os atletas para facilitar o entendimento.
— A prioridade do trabalho é que os jogadores fiquem confortáveis com a ideia tática. Os jogos da primeira perna (vitória sobre a Bolívia por 5 a 1 e triunfo diante do Peru por 1 a 0) foram muito bons. Partidas diferentes. Contra o Peru, apesar do 1 a 0, tivemos mais coisas boas do que ruins — destacou.
Outro trunfo utilizado pelo treinador é o diálogo com os atletas que vêm dos mais variados centros para trabalhar sob o seu comando. Já familiarizado, ele elogiou a sintonia do grupo que está sendo formado.
— Tenho a agradecer a abertura que os jogadores têm me dado e o que eu penso sobre a vida. Essas coisas andam juntas. Agora o clima foi melhor porque não teve a ansiedade da chegada. Isso aprofunda a nossa convivência. As pessoas com quem eu mais aprendo são os atletas. Muito bom poder contar com jogadores que têm experiências vastas com técnicos do mundo para melhorar a nossa história — ressaltou.
O legado do seu antecessor também foi citado na coletiva:
— Bom falar do trabalho do Tite. Tudo que ele deixou de bom, procuro aproveitar ao máximo. Os jogadores que participaram do primeiro ciclo já têm um conhecimento e já estão se adaptando em relação aos movimentos em campo — pontuou.
Diniz não quis adiantar a escalação contra os venezuelanos, mas afirmou que dificilmente irá apresentar alguma novidade em cima do que vem sendo treinado. Sobre a Venezuela, o respeito máximo foi a tônica do discurso.
— Os últimos jogos deles contra o Brasil foram partidas difíceis. Eles têm um time bem treinado, bastante competitivo e um excelente treinador — ponderou.
Brasil e Venezuela se enfrentam nesta quinta-feira (12), na Arena Pantanal. Os brasileiros lideram a classificação, com seis pontos conquistados em duas rodadas. Já os venezuelanos ocupam o quinto lugar, com uma vitória e uma derrota.