Fernando Diniz fez sua primeira convocação como técnico da Seleção Brasileira nesta sexta (18), na sede da CBF, no Rio. Chamou 23 nomes para as primeiras rodadas das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. O Brasil enfrenta a Bolívia, no dia 8 de setembro, no Mangueirão, em Belém, na partida que marca a estreia dele pela Seleção. Na segunda rodada, a equipe brasileira joga contra o Peru, em 12 de setembro, em Lima.
O técnico interino do Brasil falou sobre o desafio de treinar a seleção mais vencedora da história das Copas do Mundo e sobre a complexidade de montar a lista para os jogos:
— Vou dar sequência àquilo que penso sobre futebol. Com o aditivo de ter a melhor matéria-prima do mundo. É um sonho para mim. Vai ser muito rico para o meu crescimento estar aqui. A chance disso dar certo é muito grande. Tenho uma relação muito forte com os jogadores. A minha vida na Seleção passa pelo desejo dos jogadores. É uma continuidade daquilo que tenho feito na minha carreira. Procurar fazer um jogo competitivo, que tenha estética e beleza. Que tenha a ver com as nossas raízes da maneira brasileira de jogar futebol.
As novidades ficaram por conta do goleiro Bento, do Athletico-PR, chamado pela primeira vez depois das boas atuações no começo da temporada, e também do lateral-esquerdo Caio Henrique, ex-jogador do Grêmio, que atualmente atua no Monaco. O atleta vinha sofrendo com o assédio da seleção da Espanha, em função de ter dupla cidadania:
— Bento tem a ver com a idade. Vem se destacando. E a experiência de aproximá-lo da Seleção. Caio Henrique se destaca no Monaco. Já estava no radar da última Copa. Por isso, foi convocado. A média de idade baixou três anos. Essa lista, muito provavelmente, não será a mesma na Copa do Mundo, independentemente de quem for o treinador. Para hoje, a média de idade caiu em três anos. Tem jogadores que precisam de espaço para se mostrarem, e eles terão essa chance.
Uma das maiores ausências da lista foi Lucas Paquetá, que é investigado pela federação inglesa de futebol (FA) por possíveis violações de apostas esportivas. A entidade apurou que familiares de Paquetá teriam apostado numa partida em que o meio-campista entrou em campo. Diniz disse que a CBF optou por "dar tempo" ao jogador.
— Eu sou um cara que, o que me protege na minha vida inteira, é a verdade. Paquetá estava na lista. É um jogador que gosto muito. É uma questão de preservação, deixá-lo resolver essas questões, que excedem o jogo. Deixá-lo à vontade para resolver. Tivemos estes problemas aqui no Brasil. Isso precisa do fator tempo para que as coisas se esclareçam. É um jogador que eu adoro, embora nunca tenhamos trabalhado juntos — finalizou.