O Brasil terá pela frente nesta segunda (28), na segunda rodada da fase de grupos da Copa do Mundo, um adversário eficiente na defesa e que tem hábito de surpreender times badalados.
Porém, apesar de evoluir em relação aos últimos Mundiais, a Suíça é, segundo a imprensa local, muito dependente no setor ofensivo de seu principal jogador, o meia Xherdan Shaqiri.
Defesa em alta e alerta com dependência
— Ponto forte da Suíça é a defesa. Temos defensores que jogam nas maiores ligas da Europa, como Akanji, Elvedi e Widmer. O Rodriguez também tem muita experiência. O problema é que o time ainda depende muito do Shaqiri. Dos últimos 24 gols da Suíça em grandes torneios, ou seja, Euro ou Copa, o Shaqiri foi determinante, seja com gols ou assistências, em 12. Somos dependentes dele. Se ele está em boa forma, ótimo, jogamos bem. Senão, temos problemas no setor ofensivo — avalia o jornalista Paolo Laurentis, da Rádio Nacional da Suíça.
Apesar disso, o desempenho do time nas Eliminatórias e na Liga das Nações mostra uma incontestável evolução. Segundo o técnico Murat Yakin, o time atual é superior ao que empatou com o Brasil por 1 a 1 na fase de grupos da Copa de 2018, na Rússia.
— Naquela oportunidade, conseguimos um bom resultado. Empatamos por 1 a 1, no que foi positivo. Mas, de lá para cá, o time evoluiu. Ganhamos mais experiência, jogamos contra grandes times e estamos mais confiantes. E já demonstramos ser capazes de jogar em alto nível e se superar grandes adversários — declarou o treinador.
Suíça é especialista contra favoritos
Além disso, a Suíça se mostrou nos últimos dois anos um time especialista em derrotar favoritos. Na Eurocopa, em 2021, os suíços eliminaram a França, nas oitavas de final. Já em 2022, na Liga das Nações, a equipe dos alpes venceu Espanha e Portugal, o que aumenta a confiança para enfrentar um adversário como o Brasil.
— De fato, a Suíça já viu que pode competir com grandes times do mundo. Mas, contra o Brasil, na minha opiniao, o time terá uma mentalidade diferente porque o Brasil é o melhor time do mundo e, por isso, a equipe terá que ser mais cautelosa e cuidar mais da defesa. Não será uma retranca, porque a Suiça tentará surpreender o Brasil nos contra-ataques, embora eu ache que o empate neste jogo seja um bom resultado — completa Laurentis.
Sem jogo fácil
Já Murat Yakin reconhece a maior qualidade do Brasil e afirma que a ausência de Neymar, lesionado, não torna o jogo mais fácil para os suíços.
— Nosso adversário é um dos favoritos ao título e tem jogadores de qualidade e nível suficientes para formar três diferentes. Eu não quero focar em um jogador individual do adversário. O Neymar não vai jogar, mas isso não muda nada para nós e nem torna a nossa tarefa mais fácil. Acho que eles vão conseguir substituí-lo bem e temos que estar preparados — declarou o treinador
Brasil e Suíça se enfrentam nesta segunda (28), às 13h (horário de Brasília), no Estádio 974, em Doha.