"Um golpe duro". Tanto o técnico Didier Deschamps como o capitão Hugo Lloris utilizaram a mesma expressão para definir o impacto do corte de Karim Benzema para a o time da França na Copa do Mundo. Na coletiva oficial desta segunda-feira (21), véspera da estreia contra a Austrália, o goleiro do Tottenham-ING inclusive reconheceu que, por conta das lesões de última hora, a seleção francesa vive um clima de incerteza, apesar de ser a atual campeã mundial. Já o treinador lamentou a ausência do atacante, mas disse que confia no restante do grupo.
— Foi um golpe duro. Karim tinha feito tudo, nós também. Em um gesto inofensivo, ele sentiu dores musculares, e os exames confirmaram uma lesão muito grave para os prazos que nós temos. Mas não há apreensão. Fizemos de tudo para garantir que o grupo esteja no seu melhor para esta primeira partida, que é importante, mas não é decisiva. Estamos firmes no nosso objetivo — disse Deschamps.
O técnico explicou ainda por qual motivo não convocou um substituto para Benzema.
— Confio nos jogadores que eu tenho. Estou convencido de que o grupo é forte e suficiente com 24 atletas para encarar os desafios. Existem várias opções. A ausência de Karim (Benzema) não vai mudar nada. Temos direito a cinco substituições e várias opções de qualidade no banco — completou o treinador, que já havia convocado originalmente apenas 25 nomes, um a menos que os 26 possíveis.
Já o goleiro Hugo Lloris também expressou tristeza com o corte de Benzema e lembrou que a França já havia perdido nos últimos dias o zagueiro Kimpembe e o atacante Nkunku, também por lesão.
— Foi logicamente um golpe duro (o corte de Benzema), pois sabemos da sua importância. Obviamente estamos tristes com todos os jogadores que perdemos lesionados nas últimas horas. Mas eu acredito no nosso time. Termos jogadores experientes e jovens com talento. Estamos preparados para este desafio — afirmou o capitão.
Lloris concordou ainda que, por conta das lesões de última hora, somadas às ausências de Kanté e Pogba, também lesionados, a França vive um clima de incerteza. Contudo, o goleiro lembrou que o ambiente era parecido na Rússia, em 2018, quando os franceses acabaram conquistando o título.
— Quando estreamos na Copa de 2018, também havia incertezas. Mas fomos evoluindo jogo a jogo e o mesmo deve ocorrer neste Mundial. É isso que faz a beleza deste esporte. Cabe a nós buscarmos o sucesso. Nossas ambições são grandes — finalizou.
A França enfrenta a Austrália nesta terça-feira (22), pelo Grupo D. O jogo está marcado para às 22h (16h no horário de Brasília), no Estádio Al Janoub, em Al-Wakrah.