O técnico Tite conheceu o estádio da estreia diante da Sérvia, quinta-feira (24), e também da final da Copa, no dia 18 de dezembro. O Lusail recebeu na manhã desta segunda-feira (21) o treinador da Seleção Brasileira e um grupo de 12 jogadores (Weverton, Fred, Pedro, Alex Telles, Everton Ribeiro, Danilo, Martinelli, Rodrygo, Richarlison, Alex Sandro e Bremer). Foi um breve reconhecimento do gramado e também uma percepção, como disse o técnico, do visual.
Mais do que acompanhar a rápida estada dos jogadores, a visita serviu para conhecermos por dentro o estádio da final da Copa. O Lusail é uma imponente obra no meio de quase nada. Tanto que, pela janela do metrô, percebi pela primeira vez sinais do deserto aqui no Catar. Há areia branca acumulada nas margens de uma rodovia recém-acabada e sinais de que ali se pretende urbanizar a região.
Com capacidade para 80 mil espectadores, o plano para depois da Copa é reduzir à metade. O andar de cima abrigará apartamentos, centros médicos, compras e outros serviços. A ideia é de que siga como coração da cidade que recém ganha seus primeiros prédios.
A última estação da linha vermelha do metrô deixa os passageiros a menos de 500 metros. Um largo passeio leva todos ao estádio em formato de tigela. A inspiração do Lusail vem das sombras e luzes do fanar, uma tradicional lanterna usada por aqui. À noite, com iluminação, fica mais evidente o conceito.
Ao ingressar na área do campo, impacta a magnitude do estádio. Antes desse primeiro olhar, porém, o visitante recebe uma golfada de ar gelado, vinda do sistema de ar- condicionado. Para quem vinha de uma caminhada sob o sol das 11h com calor de mais de 30°C, a abertura daquela porta parecia o acesso a um oásis.
Foi esse ar refrigerado que Tite e os jogadores sentiram. Talvez ele tenha se misturado com um calafrio ao vislumbrar o estádio. Afinal, ali começa a Copa para o Brasil. E também pode ser o palco do hexacampeonato. Quem sabe o Lusail se alinhe na nossa história ao Rassunda, ao Estádio Nacional de Santiago, ao Azteca, ao Rose Ball e ao Estádio Yokohama. O que colocará uma cidade que ainda mal existe eternamente no mapa do futebol mundial.