O Equador começou sua caminhada na Copa do Mundo com o pé direito. Na tarde deste domingo (20), na abertura do Mundial, a seleção sul-americana não tomou conhecimento do anfitrião Catar e construiu ao natural uma vitória de 2 a 0 com gols de Enner Valencia, no primeiro tempo. A partida foi marcada por uma estratégia tática mais ousada do treinador argentino que comanda "La Tri" desde agosto de 2020.
Aos 60 anos, Gustavo Alfaro tem no currículo passagens por Boca Juniors e San Lorenzo, mas seus melhores resultados como treinador vieram no comando de equipes menores da Argentina, caso do Arsenal de Sarandí, onde foi campeão da Sul-Americana de 2007. O treinador é marcado por ter um perfil conservador na montagem de suas equipes, muitas vezes exagerando na cautela defensiva.
No entanto, não foi isso que Alfaro apresentou em seu primeiro jogo em Copas do Mundo. Diante do Catar, o treinador mudou o que vinha fazendo nos compromissos recentes - estava montando o Equador com três meio-campistas - e apostou em uma formação ousada com quatro jogadores ofensivos.
À frente dos volantes Moisés Caicedo e Jhegson Méndez foram escalados Gonzalo Plata, Romario Ibarra, Enner Valencia e Michael Estrada. Sem a bola, o Equador se defendeu no 4-4-2. Com posse, a equipe teve em Estrada um meia que recuava para formar uma linha com Plata e Romario no 4-2-3-1. O apoio dos laterais Preciado e Estupiñán foi constante ao longo, principalmente, da etapa inicial. Foi de um cruzamento de Preciado que saiu o segundo gol de Enner Valencia.
A formação mais ofensiva de Alfaro se mostrou efetiva em campo com o Equador fazendo o placar de 2 a 0 em apenas 30 minutos - e a equipe sul-americana ainda teve um gol anulado logo no segundo minuto. Já na etapa final, em vantagem com sua estrela Enner Valencia sentindo lesão, o Equador diminuiu o ritmo.
Na próxima sexta-feira (25), o Equador vai enfrentar a favorita do grupo Holanda. A tendência é de que Gustafo Alfaro desmanche o quarteto ofensivo com a entrada de mais um meio-campista, o meia Alan Franco (ex-Atlético-MG) ou mesmo o volante Carlos Gruezo, titular na maior parte da campanha das Eliminatórias.