O técnico da seleção brasileira feminina, Vadão, anunciou na manhã desta quinta-feira (16) a lista das 23 jogadoras convocadas para a Copa do Mundo, que será realizada de 7 de junho a 7 de julho, na França. O Brasil está no Grupo C, ao lado de Austrália, Itália e Jamaica. A estreia brasileira está marcada para o dia 9 de junho, diante da Jamaia, em Grenoble.
Após a convocação, treinador de 62 anos concedeu entrevista coletiva à imprensa e falou que apesar dos maus resultados recentes — nove derrotas em nove jogos — a ideia é brigar pelo título mundial.
— As nossas pretensões são sempre a de vencer. Nós temos condições. Teve um aumento de postulantes, mas a dificuldade não é só nossa. O otimismo está na nossa cabeça e na das meninas. Nossa expectativa é altamente positiva. Nós temos atletas capazes de resolver problemas com jogadas individuais, o que é um privilégio. Nós vamos buscar esse esperado título mundial. Os amistosos são passado e o que vale é agora — garantiu.
Um dos grandes nomes da seleção é a volante Formiga, 41 anos, que disputará sua sétima Copa do Mundo, um recorde entre homens e mulheres.
—Eu fiz um esforço para a Formiga voltar. Ela já tinha se despedido e quando eu voltei pedi para ela retornar na Copa América e ela atendeu o nosso pedido. A Formiga é um dos maiores exemplos que temos no mundo, ela não é desse planeta. Tem 41 anos e já renovou contrato com o PSG. Então ela é imprescindível para esse projeto — elogiou Vadão.
Eleita seis vezes melhor jogadora do mundo, Marta, 33 anos, ainda segue como principal esperança para uma boa campanha. Porém, Vadão acredita que ela necessitará de ajuda para ser decisiva.
— A Marta é a Marta ainda. Ela não tem uma idade avançada ainda, que não possa desequilibrar. Todo mundo diz que o Messi joga mais no Barcelona que na seleção. O que importa é o conjunto e nós teremos isso. A Marta ainda é a Marta e é óbvio que não podemos jogar tudo nas costas dela. Temos de dar estrutura para ela poder decidir — disse o treinador bicampeão da Copa América feminina e medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015.
Quando questionado sobre os rivais brasileiros na fase de grupos, Vadão mostrou conhecimento das características. Porém, fez uma análise apontando que a equipe da América Central tem "características" do futebol africano.
—A Jamaica foi a surpresa, que nunca jogou a Copa. Já assistimos vários jogos delas. É uma equipe que mantém todas as características do futebol africano, forte, veloz, com boa estatura. Joga em função da atacante (Jody Brown). E nós esperamos explorar as distâncias entre as linhas, que observamos — falou sobre a rival do dia 9 de junho, em Grenoble, que se classificou como terceira colocada da Copa Ouro.
Depois, o Brasil enfrentará a Austrália, dia 13, em Montpellier, e a Itália, em junho, em Valenciennes.
—A Austrália é uma das favoritas ao título. Vem crescendo. Nos últimos anos, obteve bons resultados. E a Itália joga com característica do seu futebol. Defesa, compactação. Passes rápidos, velocidade. A Itália teve uma grande ascensão nos últimos três anos. Será uma fase muito competitiva — disse o treinador que dirigiu a seleção, eliminada pela Austrália, nas oitavas de final da Copa do Mundo de 2015,no Canadá.