Comemoração, desabafo e um agradecimento especial a Celso Roth. Assim foi a entrevista de Mário Fernandes, logo após a seleção da Rússia eliminar a Espanha nos pênaltis e garantir a vaga nas quartas de final da Copa do Mundo. O lateral lembrou que o time iniciou o Mundial desacreditado e se mostrou grato ao Grêmio, clube que o lançou, e ao treinador que o transformou em lateral-direito.
— O Grêmio foi muito bom pra mim. Têm muitas pessoas que me ajudaram muito. O (técnico Paulo) Autuori foi quem me colocou para jogar pelas primeiras vezes, então tenho um carinho grande por ele. Mas tem um treinador que foi muito importante para mim que foi o Celso Roth. Foi ele que me efetivou na lateral e me disse: "Você vai jogar ali". Sou grato a ele por isso e ele tem grande parcela nesse momento também — agradeceu Mário na zona mista do Estádio Luzhniki após o jogo.
O brasileiro naturalizado russo aproveitou para desabafar, após a improvável classificação da seleção da Rússia sobre a então favorita Espanha. O jogador chegou a definir a vitória no confronto como "a maior alegria da sua vida":
— Com certeza. Deus me proporcionou isso. Claro que chegar às quartas de final em uma Copa, por uma equipe que ninguém acreditava que ia passar, é motivo de alegria. Ninguém acreditava nem que a gente ia passar de fase e agora eliminamos a Espanha que era uma das favoritas. É passo a passo. Esse time merece muito. Estão todos de parabéns — completou.
Após a vitória por 4 a 3 sobre os espanhóis nas penalidades máximas, Mário Fernandes revelou um bastidor: a seleção da Rússia não trabalhou este tipo de fundamento nas atividades anteriores ao jogo.
— A gente não treinou pênaltis. Na hora, quem estava mais descansado e melhor das pernas que bateu e foi feliz — disse.
Questionado sobre a Seleção Brasileira, o lateral declarou que torcerá pelo Brasil nesta segunda-feira (2), contra o México, em jogo válido pelas oitavas de final. No entanto, fez uma ressalva:
— Depois da Rússia, a gente torce pelo Brasil. É o meu pais, é onde eu nasci. Tomara que o Brasil vença. Mas que não chegue na final — finalizou, aos risos.