A Croácia jamais vai esquecer este dia 11 de julho de 2018. Pela primeira vez o país, que se tornou independente no início dos anos 1990, chega a uma final de Copa do Mundo. A vitória por 2 a 1 sobre a Inglaterra, de virada, só foi possível graças aos dois autores do roteiro mais perfeito que o futebol croata já escreveu: Perisic e Mandzukic.
Os dois jogadores começaram a partida de maneira apagada, cometendo muitos erros. O gol logo no início da Inglaterra contribuiu para que os croatas, e seus dois futuros heróis, estivessem perdidos. Mas essa geração já provou que supera tudo. Está em seu sangue, em sua história.
Na etapa final, o atacante da Internazionale acordou para a vida. Algo ainda não visto neste Mundial até esta quarta, o camisa 4 se encontrou e começou a ter volume e decisões que se habituou a desfilar pelas "passarelas" italianas, sobretudo de Milão. Após o cruzamento de Vrsaljko, empatou o jogo e deu sinais que a história seria feita diante de mais de 78 mil testemunhas.
Iluminado, Perisic quase virou ainda no tempo normal. A trave evitou. Mas ele seria, de fato, protagonista da noite em Moscou (foi eleito o melhor do jogo). Os acontecimentos seguintes provariam isso. Mas não seria sozinho. Precisava de um parceiro. E ele veste a camisa 17 e atua na Juventus da Itália.
Mandzukic lutou o jogo todo. Em um dado momento da etapa final do tempo regulamentar, parecia "morto". Era a armadilha preparada para liquidar o English Team, que na altura do campeonato estava nas cordas. A dupla infernal do técnico Zlatko Dalic ensaiou o que faria ainda no primeiro tempo da prorrogação. Pickford salvou.
Na hora da verdade, contudo, eles brilharam. De Perisic para Mandzukic, para o gol, para a história. Ambos agora possuem quatro gols em Copas, estão apenas a dois de Suker, o maior de todos os tempos da seleção. Domingo, contra a França, uma página ainda mais gloriosa poderá ser escrita. Por ora, eles fizeram questão de avisar: "Inglaterra is coming home".