Mario Mandzukic e Andrej Kramaric arregalaram os olhos quando viram a sala de entrevistas do Estádio Luzhniki lotada, quase sem espaço para eles caminharem até o púlpito onde concederiam entrevistas. O croatas decidem vaga na final da Copa do Mundo nesta quarta-feira, contra a Inglaterra, em Moscou.
Claro que a maioria das perguntas foram para Mandzukic, o celebrado centroavante da Juventus. Ele, Modric (Real Madrid) e Rakitic (Barcelona) foram uma espécie de trindade divina da Croácia.
Experiente, Mandzukic só te um um gol na Copa, mas é uma das maiores esperança da equipe do técnico Zlatko Dalic para alcançar o feito inédito de chegar a uma final, superando a geração de 1998, liderada por Suker, que foi semifinalista.
— Será um jogo de cautela dos dois times. Ninguém vai se expor. Vale vaga em final de Copa — afirmou Mandzukic, esquivando-se de responder se existe a possibilidade de a Croácia jogar com um atacante apenas, para reforçar o meio-campo e se defender a partir da qualidade na bola.
Os croatas, enlouquecidos com a chance de final, passaram a mandar mensagens aos jogadores. Dezenas de milhares saíram às ruas de Zagreb para festejar a vitória nos pênaltis sobre a Rússia.
— É um motivo especial para vencer — suspirou Mandzukic, abrindo um largo sorriso.
— Tomara que o mundo lembre deste nosso time por muito tempo — emendou Kramaric, concordando com uma pergunta acerca do perfil um "um pouco brasileiro" do time croata, com qualidade no passe, mas lembrando que, na hora de abraçar o pragmatismo, não há receio algum.
Mandukic disse também que nada se compara à Copa do Mundo. E, por isso, a experiência existente nos dois lados, Croácia e Inglaterra, nem seja tão fundamental assim. Até citou a Liga dos Campeões, afirmando que nem isso se compara a representar o país em um Mundial.