Nem franceses nem belgas. O maior contingente de torcedores estrangeiros em São Petersburgo ainda é de brasileiros. Quem anda pela movimentadíssima Avenida Nevsky reconhece, de vez em quando, o idioma português com sotaque do Brasil. Diferentemente desse domingo (8), quando ainda era possível observar camisetas amarelas, a segunda-feira manteve a agitação brasileira, mas sem identificação de cores. A torcida preferiu fazer turismo à paisana, lamentando a ausência do time de Tite na semifinal — nesta terça-feira, às 15h, França e Bélgica se enfrentam na cidade por uma vaga na final da Copa.
O casal gaúcho Leonardo Rassier e Taciana Trevisan saiu de Santa Cruz do Sul, acompanhou todos os jogos do Brasil, exceto a estreia contra a Suíça, e tem ingressos para Bélgica e França. Com roupas casuais, abandonaram as cores nacionais após a desclassificação.
— Usamos a camisa da Seleção seguidamente durante a Copa. Aí veio a derrota, dois dias em que ficamos meio cabisbaixos para digerir o resultado, e agora vamos aproveitar os últimos dias. França e Bélgica é um jogão e depois ainda vamos na outra semifinal e na decisão — conta Leonardo.
Mais adiante, um grupo de sete paulistanos podiam ser reconhecidos pelo visual: um deles usava a camiseta do São Paulo. Ao comentarem a ausência das cores nacionais, admitiram a frustração, mas garantem que não abandonarão a Seleção.
— Estamos apenas dando um tempo. Está cheio de brasileiro como nós por aqui — garantiu o são-paulino.