Brasil e México se enfrentaram na fase de grupos da Copa de 2014. Quatro anos depois, na Rússia, as duas seleções latino-americanas vão se reencontrar. Desta vez, o duelo é eliminatório. Só um poderá continuar com o sonho do título mundial. O confronto está marcado para a próxima segunda-feira (2), às 11h, em Samara.
Em Fortaleza, há quatro anos, as seleções empataram sem gols. Depois, o México seria eliminado pela Holanda nas oitavas, e o Brasil foi até a semifinal para sofrer a maior humilhação de sua história.
Desde então, brasileiros e mexicanos passaram por altos e baixos até chegarem à Rússia com campanhas sólidas nas Eliminatórias.
O Brasil desde 2014
Assim que acabou a Copa, a Seleção trocou Felipão por Dunga no comando. O começo até foi animador, com 11 vitórias consecutivas incluindo amistosos, um Superclássico das Américas e a estreia na Copa América de 2015, sobre o Peru. Mas a eliminação precoce na competição continental para o Paraguai, a repetição do cenário para o Peru na Copa América Centenário, em 2016, um início instável nas Eliminatórias e a primeira ausência na Copa das Confederações desde 1995 forçaram uma nova troca de comando. Tite assumiu a Seleção em 2016 e liderou uma reação histórica.
Com o novo treinador, a Seleção teve uma campanha invicta nas Eliminatórias e terminou em primeiro lugar na América do Sul. A única derrota desde então foi em um amistoso contra a Argentina, na Austrália.
Em 2018, o Brasil venceu amistosos diante de Rússia, Alemanha, Croácia e Áustria. Na Copa, empatou com a Suíça e venceu a Costa Rica e a Sérvia.
O México desde 2014
Os mexicanos disputaram várias competições oficiais desde a eliminação para a Holanda em 2014. Em junho de 2015, com uma formação alternativa, foi eliminada ainda na primeira fase da Copa América — torneio que joga como convidada. Empatou com Bolívia e Chile e perdeu para o Equador.
No mês seguinte, com o elenco completo, conquistaria a Copa Ouro da Concacaf. A seleção ficou em segundo na fase de grupos, atrás de Trinidad e Tobago, mas cresceu no mata-mata. Venceu Costa Rica, Panamá e Jamaica no caminho para o seu sétimo título no torneio da América do Norte e Central.
Assim como o Brasil, o México também passou por uma troca de comando no ciclo. Em 2015, Miguel Herrera foi demitido e deu lugar ao colombiano Juan Carlos Osorio, ex-treinador do São Paulo.
O ciclo ainda teve uma eliminação precoce na Copa Ouro de 2017, ao ser eliminada na semifinal para a Jamaica, e uma classificação às semifinais da Copa das Confederações do ano passado, na Rússia, em que foi eliminada pela Alemanha por 4 a 1. Ainda perderia para Portugal na disputa pelo terceiro lugar.
Nas Eliminatórias da Concacaf, a campanha do México foi segura. Na penúltima fase, passou com tranquilidade num grupo com Honduras, Canadá e El Salvador. No hexagonal final, ficou em primeiro lugar, com 21 pontos em 30 possíveis.
Neste ano, fez seis amistosos antes da Copa. Venceu Bósnia e Herzegovina, Islândia e Escócia; empatou com o País de Gales; perdeu para Croácia e Dinamarca. Na Copa, teve uma boa campanha. Venceu Alemanha, Coreia do Sul, mas perdeu para a Suécia.