Tite foi econômico no treino, mas objetivo. O técnico fez um trabalho rápido no último ensaio em Sochi, mas concentrou-o nas principais armas da Sérvia, a rival desta quarta-feira (27), no Spartak Stadium, em Moscou.
Primeiro, a Seleção trabalhou a bola aérea defensiva. Além de ser uma das armas dos sérvios, que procuram usar a alta estatura da equipe (média de 1m88cm), os cruzamentos são um dos pontos frágeis da Seleção. Na era Tite, os seis gols sofridos tiveram origem em bolas que viajaram até a área brasileira.
O único gol sofrido aqui na Rússia foi justamente de bola parada, em um escanteio. Mesmo que o meia suíço Zuber tenha empurrado Miranda na jogada, houve um grave erro de posicionamento da zaga brasileira.
Numa segunda parte, houve um trabalho de confrontos. Primeiro, três equipes de seis jogadores se enfrentaram em campo reduzido. Depois, seis atacantes encararam cinco defensores. Através de áudio distribuído pela assessoria da CBF, o auxiliar Matheus Bach, filho de Tite, explicou a função desse tipo de trabalho:
— Preparamos nossa linha (defensiva) de quatro jogadores, para não deixar o adversário furá-la. Na parte ofensiva, serviu para trabalhar a linha de passe, com triangulações. Sabemos que vamos encontrar bastante linhas baixas (recuadas), e temos de estar prontos para furá-las, quebrá-las com toques rápidos.
A Seleção decolou de Sochi às 20h30min (14h30min de Brasília). A chegada ao Renaissance Monarch, QG brasileiro em Moscou, está prevista para as 23h30min (17h30min de Brasília). Nesta terça-feira, no fim da tarde, a Seleção faz no Spartak Stadium o último treino antes de pegar a Sérvia, na quarta-feira, às 21h (15h de Brasília).