A demora do pronunciamento oficial de Diego Costa sobre a convocação para a Seleção Brasileira causa mal-estar na cúpula da CBF. No começo da semana passada, o técnico Luiz Felipe Scolari conversou por telefone com o português Jorge Mendes, empresário de Diego, e comunicou a convocação.
Na quinta-feira, a decisão foi oficializada e, na sexta, a CBF fez o anúncio de mais quatro jogadores chamados para os jogos contra Honduras e Chile, marcados para os dias 16 e 19 de novembro em Miami e Toronto. O tempo foi suficiente para o atacante agradecer e confirmar que vai jogar pelo Brasil.
Só que o silêncio dele incomoda. Mais do que isso, a imprensa espanhola aposta todas as fichas de que ele irá recusar esta convocação, e que inclusive teria já enviado documento informando à Fifa seu desejo de atuar pela Espanha. Até agora, Diego não fez questão nenhuma de desmentir. Na única entrevista dos últimos dias, disse que as pessoas que interessam já sabem o que ele quer.
No Rio de Janeiro, nos bastidores do ambiente da Seleção, isso é interpretado como um sinal de que a situação é delicada. Se Diego recusar a convocação, a Fifa irá estudar o caso e decidir o futuro dele para a Copa do Mundo de 2014. Como atuou apenas em amistosos pelo Brasil existe a possibilidade de ser liberado para jogar pelo time de Vicente Del Bosque. Contratado em 2007 pelo Atlético Madrid, o atacante, agora com 25 anos, demorou para se firmar. Foi emprestado ao Celta, Albacete, Valladolid e Rayo Vallecano. De 2010 para cá, teve sequência no Atlético e marcou 38 gols em 79 jogos. Agora a bola está com ele, e a sua aguardada decisão deverá ser anunciada esta semana. E a tendência é que Diego use a camisa vermelha da Fúria na Copa.