Os jogadores mais jovens e mesmo a estrela Pirlo, 34 anos, têm no goleiro Gianluigi Buffon, 35, uma referência dentro e fora do futebol. Com 1m92cm, ele parecia maior do que todos os jogadores da seleção italiana na zona mista no primeiro andar da Arena Pernambuco.
Número 1 da Juventus, um dos times mais populares o país desde 2001, Buffon foi o jogador mais assediado nas entrevistas em Recife na noite de quarta-feira, depois da vitória sobre o surpreendente Japão. Os jornalistas faziam fila, com os italianos em primeiro lugar, mas ao contrário dos arrogantes jogadores espanhóis, ele falou com os brasileiros com a paciência de quem sabe que o futebol não é escravo de um só idioma:
- O jogo contra o Brasil terá uma pequena vantagem em disputa. Qualquer pequena vantagem será importante mais à frente - explicou.
O "mais à frente" significa a Espanha. O mundo do futebol quer distância da melhor seleção deste começo de século em jogos oficias. Todo o jogador gosta, elogia, admira o toque de bola, mas prefere ver Xavi e Iniesta contra outros adversários.
Buffon ainda falou do melhor atleta brasileiro nos dois últimos jogos da Seleção:
- Neymar é um grande jogador. Ele está demonstrando o valor que todos nós sabíamos que ele tem.
O histórico da Itália na Copa das Federações é o seguinte: duas participações (2009 e 2013), cinco jogos, três vitórias e duas derrotas. Nunca empatou no torneio oficial da Fifa que antecede a Copa do Mundo.
Caso fique num resultado igual com o Brasil, sábado, às 16h, em Belo Horizonte, será segunda colocada no Grupo A. O que é um perigo, pois a tendência então é enfrentar a Espanha numa das semifinais, dia 27, em Fortaleza.
No último encontro entre os dois Europeus, a Espanha goleou: 4 a 0. Nas entrevistas pós-jogo o nome Espanha não circulou entre os italianos. Respeito, medo, cuidado? Some os três e você pensará como um jogador italiano - pelo menos nos próximos três dias.