Chega! Basta! Não vamos mais falar de ilha de fantasias. Nós já sabemos que as ilusões de G-4 para o Juventude terminaram há algumas rodadas, quando não se trocou o treinador na hora exata e ainda com tempo de reverter. Repassar para Antônio Carlos Zago a remota possibilidade de classificação é uma crueldade. Zago tem que ser blindado para o próximo ano. E só a partir de 2018 é que nós saberemos o quanto dele poderemos extrair de competência e efetividade. Por esse ano, acabou. O sonho morreu.
Matematicamente, dirão os mais crédulos ou até incautos, que ainda há chances. Pode ser. Mas eu discordo.
Deixamos de fazer as lições nos momentos mais oportunos, vendo pontos praticamente ganhos escapando pelo ralo. Nossos objetivos ficaram para trás, e quem disso duvidar ou negar estará incorreto em falácias conceituais.
Como ainda aspirar uma mínima chance de ascender para a Série A do jeito que as coisas estão? Milagres acontecem. Do futebol, costuma-se dizer, que é uma caixinha de surpresas. Essa definição a mim não serve e não me engana. Especialmente quando os números e a realidade são outros.
O que resta ao Juventude é terminar sua campanha com dignidade, buscando a colocação mais alta na tabela, afora os quatro que haverão de subir. Essa dignidade também tem um preço: o bônus que a CBF destina como premiação aos clubes de acordo com suas posições. Então, o Juventude tem que correr em busca desses benefícios.
A derrota de terça, diante do CRB, é a pá de cal que faltava.
A grande indagação, a grande cobrança que a Papada deve se fazer, é por que razões ganhamos quase todas dentro do Alfredo Jaconi e quase nenhuma fora dele. Isso não é comum para as nossas tradições. Está bem: em nossa casa é extremamente difícil sermos derrotados. Três ou quatro partidas por ano e olhe lá. Mas, como visitantes, houve tempo em que sabíamos nos impor e trazer belas vitórias. Por que o time se acanha longe do Jaconi, quando no Jaconi é todo poderoso, é um enigma a se esclarecer.
Essa é a principal meta da diretoria e da comissão técnica para 2018. Sem vencer fora, não se vai a lugar algum.