Depois das cobranças de Elano e da torcida, Lucas Lima parece ter reagido e começou o jogo ligado. Logo no começo, achou Ricardo Oliveira na área. Depois, virou para Arthur Gomes iniciar a jogada do gol de Bruno Henrique, mas o problema do Santos era muito maior do que atuações discretas de seu camisa 10. Na vitória por 2 a 1 do Bahia, de virada na Fonte Nova, foi a defesa do Peixe que precisou de um puxão de orelha.
Como de costume, o Santos recuou e tentou administrar o resultado após abrir o placar com Bruno Henrique com bom cruzamento de David Braz, os dois reforços para Elano que foram desfalques na derrota para a Chapecoense, na última rodada. O Tricolor se impôs como mandante e logo deu trabalho para a defesa santista.
Zé Rafael, um dos nomes do jogo, tentou entrar na área de Vanderlei e sofreu pênalti cometido por Lucas Veríssimo. Mendoza pediu para bater e deixou tudo igual no placar. Fora dele, o Bahia bem ajustado por Carpegiani ainda tinha o controle.
Os problemas do Peixe eram os mesmos das últimas duas derrotas sofridas: passes sem velocidade e movimentação fácil de ser neutralizada. Se Lucas Lima recebia e levantava a cabeça, lá estava Renê Júnior e Juninho. Com Bruno Henrique, não era diferente. Quando acertava um drible, bola na área. Quando não, contra-ataque para o Bahia.
Foi em um dos contra-ataques que Zé Rafael lançou para Mendoza, livre na área. Mas o gol aconteceu antes do colombiano chegar nela. Alison, de carrinho, tentou tirar, mas mandou para o fundo das redes, contra.
O desespero do Peixe só aumentava. Elano lançou o garoto Yuri Alberto para se juntar a Oliveira dentro da área. Nada adiantou. Em confusão na área, Jean Mota derrubou Edigar Junio e o próprio fez o terceiro, de pênalti, no mesmo canto de Mendoza.
A vitória deixa o Tricolor de Aço em nono, com 49 pontos e permite os baianos sonharem com a classificação para o G-7.
Já o Alvinegro liga o sinal de alerta. Permanece em quarto e fica a um ponto do Cruzeiro e a cinco do Botafogo. Pesadelo alvinegro, sonho tricolor.