A anulação de um pênalti marcado para o Avaí em partida contra o Flamengo, neste domingo, é mais um episódio no futebol brasileiro com suspeita de interferência externa nas decisões da arbitragem.
Aos 34 minutos do segundo tempo, com o placar em 1 a 1, o árbitro Paulo Henrique Vollkopf assinalou a penalidade após disputa de Everton com Diego Tavares dentro da área. O árbitro adicional, que fica na linha de fundo, Paulo Henrique de Melo Salmazio, não se pronunciou, apesar da reclamação ostensiva dos flamenguistas. E até cartão amarelo para Everton já tinha sido aplicado.
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Quando o meia Juan, ex-Flamengo, já tinha colocado a bola na marca da cal para executar a cobrança, Vollkopf dirigiu-se ao assistente Leandro dos Santos Ruberdo e sinalizou o cancelamento da penalidade.
A suspeita em relação à interferência se dá porque o jogo foi transmitido pela Globo, e o árbitro só retrocedeu após o replay ter sido exaustivamente exibido.
A mudança de posicionamento da arbitragem gerou revolta imediata no Avaí. O meia Marquinhos, no banco de reservas, acabou levando cartão vermelho. A confusão durou cerca de cinco minutos.
– Eu estava de frente para o gol, não precisava me jogar. Vi que ele encostou. O árbitro deu o pênalti. Demorou a cobrar e ele reverteu – disse Diego Tavares.
Ao lado do gramado, foi possível identificar que o assessor de arbitragem era Nilson Monção, vice-presidente da comissão de arbitragem da CBF.
Em 2016, um jogo do Flamengo também teve suspeita de interferência externa. Foi no clássico contra o Fluminense, quando um gol irregular de Henrique foi anulado, validado e posteriormente anulado de novo pelo árbitro Sandro Meira Ricci e o assistente Emerson Augusto de Carvalho.
*LANCEPRESS