O jogo foi tenso, mas sem a violência que caracterizou o primeiro clássico do ano, o empate sem gols do Gauchão. Foi uma partida de muita marcação e de ocupação de espaços. Seguiu a tradição centenária do clássico regional. Faltou o drible, o lançamento e a jogada qualificada. Poucos se queixam da falta de um grande futebol em Gre-Nal. O que interessa é a vitória. Ninguém busca espetáculo. Exige o gol.
O Grêmio, três vitórias e duas derrotas nas últimas cinco rodadas, aproveitou o pior momento do Inter e do treinador na temporada. São cinco jogos consecutivos sem vitória, com quatro derrotas e um empate. Conquistou um ponto em 15. A crise é real.
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Dono do primeiro tempo, o Grêmio cedeu campo no segundo e a vitória quase foi embora. Postou-se mais atrás e buscou o contra-ataque que nunca veio. Não conseguia segurar a bola. Organizar ações ofensivas. A posse de bola foi do dono da casa, 57,6% a 42,4%. O Inter chutou 15 vezes ao gol de Marcelo Grohe. Sofreu sete, mas um deles estufou as redes. Teve 12 escanteios ao seu lado. A diferença sempre vive no detalhe.
O Inter avançou a marcação. Atacou pelos dois lados, aproveitou a avenidas laterais que o adversário abriu. Só não empatou pela má pontaria do discreto Sacha e do ativo Vitinho. Faltou o atacante finalizador. A bola do empate esteve no pé dos dois atacantes e de Paulão. Todos falharam.
O Grêmio batizou o Beira-Rio pós-Copa do Mundo de 2014. A vitória anima, dá confiança e poder na tabela.