Rolou na tarde desta quarta-feira na Campus Party, em São Paulo, o bate-papo Profissão de Games, ministrado pelo desenvolvedor e professor Edward Silva Filho. Especialista no assunto, Edward já começou a palestra avisando: o mercado de jogos no Brasil nunca esteve tão em alta como agora. Apesar da pirataria e dos altos impostos, a área está crescendo, principalmente no meio mobile.
- Existem mais de 300 produtoras que desenvolvem games no Brasil e elas estão espalhadas por todo País. Não apenas no eixo Rio-SP. Então, tem espaço para todo mundo - garante Edward, que tem 20 anos de experiência em tecnologia e desenvolvimento de games.
Mas nem tudo são flores. Existe espaço, mas faltam profissionais qualificados. O problema, segundo ele, é a falta de comprometimento de quem se envolve na área.
- Tem faculdade, tem literatura, tem curso técnico, então quem entra nessa área acha que desenvolver game é uma coisa fácil. Mas falta foco. É melhor você se especializar em uma só área e fazer uma coisa bem feita do que tentar fazer de tudo e entregar seu trabalho pela metade - aconselhou.
A plateia, quase inteiramente composta por programadores e futuros desenvolvedores, pediu conselhos sobre como conseguir encontrar empregos no meio. Edward deu a dica: o segredo é ter um bom portfólio.
- O profissional tem que se enxergar como uma empresa e não como um nerd que gosta de videogame. Se ele se levar a sério, o mercado vai passar a vê-lo assim, também.
Vale lembrar também que o mundo de desenvolvimento de games no Brasil não é focado apenas para a área de entretenimento, mas também para publicidade, treinamento e até na produção de produtos para a medicina.