A Ferrari anunciou nesta segunda-feira (10) sua intenção de recorrer da polêmica punição de cinco segundos que, no domingo (9), custou a Sebastian Vettel a vitória no Grande Prêmio do Canadá de Fórmula-1, em Montreal. Em uma medida que requer que a equipe italiana apoie formalmente sua decisão com novas provas em um prazo de 96 horas, a Ferrari manteve viva a controvérsia que se seguiu à sanção na metade da corrida por parte dos comissários e provocou uma demonstração de fúria do piloto alemão.
Vettel foi punido por retornar à pista de forma insegura na 48ª volta, depois de correr por fora da pista e pela grama. Sua manobra fechou Lewis Hamilton, da Mercedes, contra uma mureta e impediu-o de tentar ultrapassá-lo e assumir a liderança da prova. O alemão seguiu liderando e chegou em primeiro lugar, mas depois que a penalização foi aplicada ficou com a segunda posição e Hamilton conquistou sua sétima vitória no Canadá.
Visivelmente incomodado com a punição, Vettel protestou contra os comissários de corrida, não quis participar das entrevistas que ocorrem logo após os GPs, moveu uma placa com o número dois de seu carro para o de Hamilton e declarou que a corrida havia sido roubada dele e da Ferrari.
O chefe de sua equipe, Mattia Binotto, se manteve tranquilo, mas desafiador, afirmando "ganhamos a corrida". Mais tarde, a Ferrari notificou suas intenções ao organismo que rege a F-1, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA), e agora tem até a quinta-feira para fornecer novas provas para mudar a decisão.