Em postagem na sua conta do Twitter nesta sexta (17), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo federal busca uma maneira de rescindir o contrato da Petrobras com a McLaren, escuderia de F-1.
"Em 2018 a Petrobras assinou contrato de publicidade de R$ 782 milhões com a McLaren, válido por 5 anos. No momento, a empresa, por decisão do meu Governo, busca uma maneira de rescindir o contrato. Boa noite a todos!", postou a conta oficial do presidente.
O acordo foi firmado em fevereiro do ano passado e se trata de uma parceria tecnológica com a equipe britânica. A ideia é aperfeiçoar o desenvolvimento de combustível e lubrificantes de alta performance. A marca da Petrobras foi estampada nos carros da McLaren, nos capacetes e uniformes dos mecânicos.
Na época, o acordo foi celebrado como uma volta da estatal brasileira à F-1, mas a parceria não agradou a todas as pessoas envolvidas no esporte.
"A Petrobras, uma empresa estatal, patrocinar uma equipe de F-1 inglesa, sem nenhuma conexão com o Brasil, ou pilotos brasileiros, é um absurdo completo. Principalmente porque o automobilismo nacional sofre tanto e poucos talentos têm qualquer ajuda para começar a carreira. Meu ponto é, como estatal e falida, eu não quero ver $ de impostos gastos com F-1 ou outro automobilismo qualquer. Mas se for fazer de qualquer jeito, faça apoiando o Brasil ou brasileiros", reclamou o piloto Lucas Di Grassi, em sua conta no Twitter.
A declaração de Bolsonaro não foi a primeira em que o governo manifesta o interesse de encerrar a parceria.
"Não tem o mínimo sentido. Um absurdo. Esse valor todo para ter o nome pequenininho no capacete", disse à Veja o ministro da Cidadania, Osmar Terra.