A temporada 2017 da Fórmula-1, a primeira sob comando da americana Liberty Media, começa neste domingo em Melbourne, na Austrália, com um Grande Prêmio que promete responder às diversas perguntas que surgiram com as muitas mudanças na categoria.
Sem o último campeão na pista, após a aposentadoria precoce do alemão Nico Rosberg, e principalmente com uma nova regulamentação técnica, não ficou tão fácil fazer prognósticos.
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Além disso, a temporada 2016, que muitos anunciavam como previsível como nos anos anteriores, acabou sendo rica em surpresas, com o título após muito suspense de Rosberg, que terminou à frente do companheiro britânico da Mercedes, Lewis Hamilton.
Ao fim da temporada, noticias bombásticas mantiveram o foco na categoria. Cinco dias depois de conquistar o título, Rosberg, 31 anos, anunciou sua saída da F-1 e preferiu se dedicar à família.
Em janeiro, a gigante norte-americana das comunicações, a Liberty Media, assumiu oficialmente o controle da F-1, destronando Bernie Ecclestone, que reinava na categoria há 40 anos.
Ecclestone será outro ausente nesta temporada, além de Rosberg e da escuderia Manor, última colocada em 2016, endividada e obrigada a fechar as portas por não ter encontrado um comprador.
Com isso, 2017 surge órfão de seu campeão do mundo, o que não acontecia desde 1993, na aposentadoria do francês Alain Prost. A priori, isso pode ser bom para Hamilton, novamente favorito e motivado a tentar o tetracampeonato (2008, 2014 e 2015).
Hamilton e Mercedes favoritos
À primeira vista, é difícil adivinhar quem poderia superar o britânico, cuja escuderia vem dominado a concorrência há três anos no Mundial de Construtores.
Mas 2017 é também o ano de uma nova regulamentação técnica, que deixará os carros mais rápidos e oferecerá uma chance aos rivais da Mercedes.
Os testes em Barcelona – com nove pilotos quebrando o recorde da pista de Mark Webber, em 2010 com a Red Bull – confirmaram que os novos carros, com dimensões mais imponentes, são mais rápidos.
Resta saber se os competidores mais próximos, Ferrari e Red Bull, se aproximaram das "Flechas de Prata" da Mercedes. É fato que os carros da mítica escuderia italiana fizeram os dois melhores tempos da sessões de testes, à frente da Mercedes, mas a equipe alemã pode estar escondendo o jogo.
– De acordo com o que vimos em Barcelona, as margens de diferença entre os melhores ficou menor – analisou Toto Wolff, diretor da Mercedes. – Veremos como isso se traduz em Melbourne, já que não conhecemos o nível do combustível, o peso ou os ajustes dos outros carros – completou.
A primeira corrida da temporada, no circuito de Albert Park, deverá permitir descobrir mais sobre o que cada equipe tem em mãos de fato.
Em 2016, o Grande Prêmio da Austrália mostrou de cara como seria o restante da temporada, com o futuro campeão do mundo, Rosberg, superando o favorito Hamilton, autor da pole. Agora, Melbourne apresentará que reserva aos fãs do automobilismo para 2017.