O Rio Grande do Sul possui a terceira melhor taxa de alfabetização do país, com 96,89%. O Estado está ao lado de São Paulo e é superado por Santa Catarina (97,23%) e o Distrito Federal (97,33%). Apesar disso, ao olhar as taxas dos municípios brasileiros, o RS domina o ranking com 11 das 20 melhores cidades do país.
Confira ranking:
- São João do Oeste (SC): 99,1%
- Westfália (RS): 98,95%
- São Caetano do Sul (SP): 98,84%
- Rio Fortuna (SC): 98,84%
- Balneário Camboriú (SC): 98,81%
- Águas de São Pedro (SP): 98,76%
- Bom Princípio (RS): 98,72%
- São Vendelino (RS): 98,67%
- Salvador das Missões (RS): 98,66%
- Florianópolis (SC): 98,64%
- Feliz (RS): 98,64%
- Pomerode (SC): 98,63%
- Dois Irmãos (RS): 98,63%
- Teutônia (RS): 98,63%
- Monte Belo do Sul (RS): 98,62%
- Nova Petrópolis (RS): 98,62%
- Blumenau (SC): 98,61%
- Lagoa dos Três Cantos (RS): 98,61%
- Harmonia (RS): 98,6%
- Timbó (SC): 98,57%
Mesmo em uma análise mais ampla, o Estado segue dominando. Mais da metade das cem cidades brasileiras com as melhores taxas de alfabetização são gaúchas, mais precisamente 56. Os dados são do Censo 2022, divulgados na manhã desta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
População geral
A taxa de alfabetização de 96,89% significa que dos 8,9 milhões de moradores do Rio Grande do Sul, com 15 anos ou mais, 278,8 mil não são alfabetizados. Dentre as 497 cidades gaúchas, apenas 15 não alcançam uma taxa de alfabetização de 90% ou mais.
Em Westfália, no Vale do Taquari, a cidade com a melhor taxa do Estado, apenas 27 dos 2.581 moradores da cidade, com 15 anos ou mais, não sabem ler. Na outra ponta, a menor taxa é de Lagoão, no Vale do Rio Pardo, onde 712 dos 4.352 moradores não são alfabetizados, fazendo com o que o município chegue a taxa de 83,64%.
Confira a taxa de cada município:
Recorte racial
Branca
O RS possui 7 milhões de moradores da cor/raça branca e 180,2 mil deles não são alfabetizados. Assim, esse é o recorte racial com a melhor taxa de alfabetização no Estado, 97,45%.
A cidade com a melhor taxa, dentro da população branca, também é Westfália. Ela possui uma taxa de 99,13%, a única que alcança os 99% no RS. Em números absolutos, 21 dos 2.413 moradores do município não sabem ler. Do outro lado, a menor taxa é de 87,49%, que é encontrada em Lagoão e em Tunas. Na primeira cidade, 397 dos 3.174 moradores não são alfabetizados, na segunda são 297 dos 2.375.
Parda
A população parda é a segunda maior do RS, com 1,2 milhões de moradores no Estado, e a que possui a segunda pior taxa. Com 65.640 pessoas autodeclaradas pardas que não são alfabetizadas, ela alcança uma taxa de 94,83%.
O município com a pior taxa é Lagoão, onde 276 dos 1.014 moradores pardos não sabem ler e a taxa de alfabetização é de 72,78%. Ao todo, seis cidades não alcançam uma taxa de 80% da população parda alfabetizada, 488 ficam entre 80% e 98,80% e três atingem os 100%. São elas: Charrua, Centenário e Nova Pádua.
Indígena
Dentro do recorte racial, a pior taxa de alfabetização do RS é da população indígena, com 2.747 pessoas não alfabetizadas. De acordo com os dados coletados pelo IBGE, existem 24.769 moradores indígenas no Estado, fazendo com que a taxa de alfabetização da cor/raça seja de 88,91%.
Em Caiçara, Cerro Grande do Sul e Lavras do Sul, a taxa é de apenas 33,33%. Todas as três cidades registraram três moradores indígenas cada, sendo que apenas um em cada cidade sabe ler. No total, a população indígena de 121 cidades não ultrapassam a taxa de 90% de alfabetização, 175 possuem uma taxa de 100% e 141 não possuem moradores indígenas.
Preta
Conforme o Censo 2022, mais de 600 mil pessoas pretas moram no RS. A taxa de alfabetização entre a população gaúcha desta cor/raça é de 95,02%, ou seja, 29.940 pessoas pretas não são alfabetizadas no Estado.
Ao analisar os dados dos municípios, em 20 dos 497 do Estado a taxa de alfabetização da população preta é de 100%. Do outro lado, a menor taxa é de Mariano Moro, com 62,50%. Lá, 10 dos 16 moradores pretos são alfabetizados.
Amarela
A cor/raça com a segunda melhor taxa de alfabetização no Estado é a amarela, com 97,22%. Onde 131 dos 4.705 moradores declarados amarelos com 15 anos ou mais não sabem ler. Por outro lado, a menor taxa entre as cidades do RS é encontrada na população amarela de Cerro Grande do Sul, com 25%. Conforme os dados do Censo 2022, apenas um dos quatro moradores, que se consideram amarelos, na cidade sabe ler.
Além de Cerro Grande do Sul, Coxilha é a única outra cidade com uma taxa inferior aos 50% de alfabetização dentro da sua população amarela, com 33,33% (um alfabetizado do total de três). Ao todo, em 39 municípios gaúchos a população amarela não alcança 90% de alfabetização. Em 191 cidades não foram registrados nenhuma pessoa amarela e em 221 a taxa de alfabetização é de 100%.