Das 54 instituições de Ensino Superior brasileiras presentes em lista das 2 mil melhores do mundo de 2023, divulgada nesta segunda-feira (15), cinco são do RS. Entre elas, há quatro universidades federais e uma particular. O ranking é feito pelo Center for World University Rankings (CWUR). Na comparação com o levantamento do ano passado, há uma gaúcha a menos – o Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) não está mais ranqueado.
A melhor colocada do Estado na listagem de 2023 foi a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que ficou em quinto lugar nacional, nono na América Latina e 467º global. A nota da instituição foi 74,6 – a máxima é cem. Em relação ao ano passado, a universidade caiu sete posições a nível mundial.
Para estabelecer a nota, são considerados quatro fatores: qualidade da educação (25%), empregabilidade (25%), qualidade do corpo docente (10%) e desempenho em pesquisas (40%). Neste ano, 20.531 universidades de todo o mundo foram avaliadas para o ranking do CWUR, organização sediada nos Emirados Árabes Unidos que existe desde 2012.
A melhor universidade do mundo, segundo a lista, é Harvard, nos Estados Unidos. A instituição recebeu a nota máxima, cem, na avaliação do CWUR.
Além da UFRGS, constam na lista a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), que ficou em 961º lugar mundial, tendo caído oito posições na comparação com 2022, e em 19º lugar nacional. A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) ficou na 1.043ª colocação mundial, tendo subido duas posições em um ano, e na 25ª colocação nacional. A Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) subiu da posição 1.504 para a 1.494 entre todas as ranqueadas e ficou na 39, entre as brasileiras, e a Universidade Federal do Rio Grande (Furg) caiu 27 colocações, ficando em 1.705º lugar mundial, além do 45º nacional.
Na comparação com o ranking de 2022, mais da metade das universidades brasileiras teve uma piora no desempenho – das 54 listadas, 29 caíram posições, duas mantiveram as mesmas colocações e 23 melhoraram. Entre as instituições gaúchas, três perderam posições – UFRGS, UFPel e Furg – e duas ganharam – UFSM e PUCRS. Entre as que apresentaram queda, o principal fator foi o desempenho em pesquisa.
— Apesar de o Brasil estar bem representado no ranking deste ano, as melhores instituições do país estão sob uma pressão crescente de universidades bem financiadas de todo o mundo. Investir em promover ainda mais o desenvolvimento e a reputação do sistema de Ensino Superior do Brasil é vital, se o país aspira ser mais competitivo no cenário global — analisa Nadim Mahassen, presidente do CWUR.
Na opinião de Mahassen, esforços precisam ser feitos para assegurar que o Brasil atraia acadêmicos e estudantes qualificados, assim como para que o aumento do número de matrículas nas universidades seja acompanhado de um aumento na capacidade de ensino, e que o percentual de gasto do PIB nacional com educação superior siga crescendo nos próximos anos.