O novo ministro da Educação, Camilo Santana, assumiu o cargo em cerimônia nesta segunda-feira (2) na sede da pasta. Em seu discurso, ele garantiu que a alfabetização na idade certa é a prioridade absoluta para o país e que o governo deve atuar para recuperar danos na educação provocados pela pandemia de covid-19.
Ele citou dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) que mostram que apenas uma a cada três crianças é alfabetizada na idade certa no Brasil:
— A maioria é analfabeta dentro da própria escola, o que provoca graves repercussões na sequência da vida dessas crianças.
A gestão anterior foi criticada por Santana durante sua fala. Ele disse que a educação brasileira foi tratada como "subproduto" na gestão anterior. Victor Veiga, ex-ministro que comandava a pasta até então, não compareceu ao evento para transmitir o cargo.
Ao montar sua equipe, Santana trouxe outros nomes do Ceará, como a nova secretária-executiva da Educação, cargo número dois da pasta, Izolda Cela, ex-governadora do Ceará, e Fernanda Pacopahyba, ex-secretária de Fazenda do Ceará e que comandará o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Ambas foram bastante aplaudidas ao serem mencionadas pelo novo ministro.
Outras prioridades
Além da alfabetização, o novo ministro elencou outras prioridades em sua gestão à frente do MEC: a evasão escolar, em especial entre alunos do Ensino Médio, a ampliação do ensino em turno integral e o fortalecimento do orçamento e da autonomia das universidades públicas. Também prometeu a ampliação do acesso dos estudantes à internet e a criação e regulação do Sistema Nacional de Ensino (SNE), que deverá passar pelo Congresso.