O ministro da Educação, Abraham Weintraub, defendeu a participação dos alunos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nas discussões sobre o adiamento das provas em razão da pandemia do coronavírus. Em publicações no Twitter, feitas nesta quarta-feira (20), o ministro ainda sugeriu que o exame possa ser adiado "de 30 a 60 dias".
É a primeira vez que Weintraub admite a possibilidade de adiamento do Enem. Na primeira postagem, ele fez uma enquete para usuários da rede social votarem "sim ou não" sobre a mudança. Uma hora depois, o ministro publicou:
"Diante dos recentes acontecimentos no Congresso e conversando com líderes do centro, sugiro que o Enem seja adiado de 30 a 60 dias. Peço que escutem os mais de 4 milhões de estudantes já inscritos para a escolha da nova data de aplicação do exame".
Em outro tuíte, Weintraub divulgou a confirmação da participação dos estudantes inscritos, que deverá ser feita por meio da "Página do Participante", com senha, no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), "de forma direta, democrática, transparente e segura", de acordo com ele.
Na terça-feira (19), o Senado aprovou o texto-base do projeto que suspende instantaneamente a aplicação de provas e exames do Enem. Agora, o texto deve seguir para votação na Câmara. No dia 12 de maio, o presidente do Inep, Camilo Mussi, afirmou que as datas eram imutáveis.