A Academia Mundial de Ciências (The World Academy of Sciences - TWAS) elegeu 36 novos membros, sendo apenas cinco brasileiros. Entre eles, está a professora Márcia Barbosa, do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Conforme a Academia Brasileira de Ciências, o grupo de novos membros eleitos para a TWAS, que tomará posse em 2020, conta com a mais alta proporção de mulheres - 33% do total. Todas elas estão entre os mais destacados cientistas do planeta, "que vivem ou focam seu trabalho no mundo em desenvolvimento", ressalta comunicado da instituição.
De acordo com o Currículo Lattes da professora Márcia Barbosa, ela concluiu graduação, mestrado e doutorado na UFRGS. É membro titular e diretora da Academia Brasileira de Ciências, entidade que destaca a contribuição da professora para a compreensão do mecanismo por trás da alta mobilidade da água em condições extremas de temperatura e pressão, assim como em confinamento por nanoestruturas, como nanotubos de carbono.
Pelo estudo das anomalias da água, Márcia Barbosa ganhou o prêmio Loreal-Unesco de Mulheres nas Ciências Físicas e o prêmio Claudia em Ciência, ambos em 2013. Em paralelo, a professora atua em questões de gênero, pelo que ganhou também a Medalha Nicholson da American Physical Society, entre outras premiações.
Escolhidos pela entidade internacional
A TWAS, com sede em Trieste na Itália, é uma entidade que reúne cientistas de países em desenvolvimento, com objetivo de contribuir para a prosperidade sustentável do planeta.
Os demais brasileiros escolhidos como membros da TWAS a partir de 2020 foram Célia Garcia, professora da Universidade de São Paulo (USP), na área de biologia molecular, celular e estrutural; Luisa Villa, professora associada da USP, na área de sistemas biológicos e organismos; Wilson Savino, pesquisador titular e coordenador de Estratégias de Integração Nacional da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), das ciências médicas e da saúde; e Edson Ticianelli, também professor da USP, na área das ciências químicas.
No ano passado, entre os membros escolhidos pela Academia Mundial de Ciências, também havia uma representante da UFRGS, a professora Angela Wyse, do Departamento de Bioquímica do Instituto de Ciências Básicas da Saúde.
