Uma plateia atenta lotou o auditório Dante Barone, da Assembleia Legislativa do Estado, na manhã desta quinta-feira (7). O foco dos presentes estava voltado para o 20° Congresso Internacional da Gestão, que oferece aos participantes palestras com especialistas em marketing digital, que traz exemplos de empresas que fazem uso de novas tecnologias e que incentiva o networking entre investidores e empreendedores.
Antes do início da primeira palestra, representantes do Programa Gaúcho de Qualidade de Produtividade (PGPQ), da Polo RS e da Agenda 2020 reforçaram o lançamento do hub Transforma RS, empresa que se propõe a desenvolver a economia gaúcha, a promover uma boa gestão de ativos e a fortalecer as cadeias produtivas.
Na sequência, Rafael Terra, especialista em marketing digital e CEO da Fabulosa Ideia, agência de mídias sociais, apresentou uma série de dicas de tendências de consumo e de propaganda na web. A primeira delas dizia respeito ao modo como as marcas devem se comportar nas redes sociais para conquistar as pessoas:
— A empresa não pode agir de maneira institucional nas redes. O grande erro das marcas é abordar o público com o discurso de venda. É preciso engajar para depois conseguir vender, não o contrário. Ou seja, é necessário colocar o consumidor no centro da estratégia de marketing e pensar conteúdos que sejam relevantes e importantes para ele.
Para que o match entre público e o conteúdo aconteça, é preciso fazer uso de ferramentas que indiquem o tipo de busca que os usuários de produtos ou serviços similares ao da marca procuram na internet. Isso, segundo Terra, fará com que a chance de acerto da estratégia aumente significativamente.
O especialista em marketing digital citou ainda que os interessados em dar o pontapé inicial no uso de redes sociais devem focar na produção de conteúdo em vídeo.
— Esse tipo de linguagem veio para ficar e não tem volta. Ele é o que o público deseja e o que os algoritmos das plataformas sociais mais valorizam. Além disso, o vídeo tem o fator credibilidade. A gente não confia em logo, confiamos em pessoas. E o audiovisual tem o poder de humanizar as relações — observa.
Outras tendências apontadas por Terra são os podcasts e o TikTok, rede de compartilhamento de vídeos curtos, que podem ser utilizados pelas marcas de maneira indireta. Por exemplo, elas podem contratar influenciadores já consolidados nestas plataformas para promoverem seus produtos ou serviços. Por fim, ele ressaltou que é as redes sociais precisam ser encaradas pelas empresas e marcas como veículos de mídia:
— Há muito conteúdo para pouco receptor. Se você não investe, o material produzido não vai chegar até as pessoas, porque a distribuição orgânica gira em torno de 2%. Se você não pagar, não terá exposição e não será visto.