O ensino superior seguirá sob a responsabilidade do Ministério da Educação (MEC). A declaração foi dada nesta quinta-feira (6) pelo futuro ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, em entrevista no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), sede da transição de governo, em Brasília. Após vencer o segundo turno das eleições, Jair Bolsonaro (PSL) chegou a cogitar a transferência da gestão do ensino universitário e das pesquisas desenvolvidas no ambiente acadêmico para a pasta de Ciência e Tecnologia.
— O ensino superior permanece com o Ministério da Educação e essa relação entre a educação e a Ciência e Tecnologia é primordial — disse Pontes.
Ele citou quatro pilares que irão nortear a atuação da pasta sob seu comanda: inclusão de ciência e tecnologia no ensino fundamental e médio para motivar jovens para as carreiras tecnológicas, incentivar a pesquisa, ampliar o ambiente de inovação no país e aprofundar cooperações entre ministérios e com organismos internacionais.
A gestão da área de Comunicação também ficará sob o comando de Pontes, o que inclui os Correios. Questionado se a estatal será privatizada, o futuro ministro não descartou a possibilidade, mas disse que “por enquanto, não está na pauta” do governo de Jair Bolsonaro.
Ele ainda confirmou que o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) também irá migrar para a pasta da Ciência e Tecnologia. Atualmente, o setor é comandado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, que será absorvido pela superpasta da Economia.