Quem nunca pensou em mudar um hábito, que atire a primeira pedra. Todo mundo tem algum mau hábito que deseja mudar. Seja parar de roer unha, de fumar, beber ou comer demais. E só a gente sabe o trabalho que dá para mudar, mesmo aquelas coisinhas pequenas, mas que atrapalham a vida. A boa notícia é que todo hábito pode ser modificado porque é apenas uma forma de pensar e agir repetitiva. A palavra-chave é persistência. O que nem sempre temos em mente é que o sabor da recompensa ao mudar os maus hábitos podem fazer nossa vida melhorar muito.
Mas para que isto realmente ocorra, se faz necessário mudar o sentimento. Ou seja, é como se pairasse sobre nós o espírito de tolice que leva a indisciplina. A vontade é irracional e deve ser disciplinada a nosso favor. Deve haver uma consciência do livre arbítrio onde há consequências nas nossas escolhas, e isto deve ser levado em conta na hora em que a vontade vem e quer mandar, mas que ao mesmo tempo surge a racionalização de que a consequência é nociva. Daí surge o autocontrole.
Por outro lado, hábitos são aprendizagens automatizadas e por isto precisamos rever nossas atitudes de resposta. É na forma como reagimos que estão enraizados nossos hábitos. Para mudar, temos que mudar a resposta. Depois de iniciado o exercício, vai ficando mais fácil. É como musculação. No início, você sente dor, depois vai se motivando e aumentando “a carga”.
Se uma pessoa costuma fumar vendo televisão e a mão automaticamente vai à boca, ela pode sentir vontade de fumar, mas ao pensar em outra coisa, focando no objetivo, vai se motivar a mudar a ação colocando o cigarro fora e fazendo outra coisa até formar um novo hábito, por exemplo. Deve-se pensar em algo mais motivador que a recompensa anterior, provocando um desvio na rota do cérebro que está viciado naquela associação nociva de estímulo – resposta.
E, então, reprogramar os pensamentos improdutivos substituindo-os por pensamentos que o levem a uma ação diferente. Para acabar com um mau hábito, também é necessário criar uma rotina positiva. Primeiramente, trazer à consciência o que prejudica, depois prestar atenção no modo automático que reproduz o hábito e, então, mudar a resposta. Sempre com objetivo motivador em vista. Outro passo é identificar que recompensa o mau hábito traz – como aliviar a ansiedade.
Podemos usar outros mecanismos para ter aquele ganho, como fazer uma caminhada ao ar livre em vez de beber. Cada hábito precisa de uma estratégia diferente, mas o mecanismo básico é comum. É preciso se perguntar por que o mau hábito não foi deletado. Fazemos muitas coisas sem nem saber o porquê. A alavanca é o processo de conscientização e o monitoramento da ação.
Assim, cria-se uma nova rotina de repetição para consolidar o bom hábito. Só a novidade da rota para consolidar o novo hábito já é motivadora por si só. Recaídas fazem parte do processo, mas não desanime. Tenha perseverança. Tente de novo e, quando conseguir, comemore. Busque um contexto favorável, sem mecanismos sabotadores. Andar com pessoas que desejam o bem para você é a melhor coisa que você pode fazer.
É o caso de selecionar na rotina as pessoas que podem te ajudar no objetivo. Tudo que ajude a manter o foco durante o processo é bem-vindo. A sensação de ter conseguido é maravilhosa. Você vai se motivando até atingir a sua meta. Comemore pequenas vitórias. Muitas vezes as pessoas a sua volta vão continuar esperando a mesma resposta, o que irá dificultar o processo e muitas vezes provocar a recaída. Mas não desista.
Continue no objetivo, pois ninguém gosta de mudanças, mas quando são para o melhor, siga em frente e não dê importância à pressão. Para acelerar a mudança, comece com hábitos mais fáceis. Atacar tudo de uma vez pode gerar estresse e frustração. Comece agora. Pense nisto!