A proliferação de cursos autodenominados de especialização na área de saúde, não regulados pelo Ministério da Educação (MEC), levou o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) a encaminhar queixa ao Procon-RS nesta quinta-feira.
O Simers entende ser propaganda enganosa campanhas publicitárias que anunciam oferta de pós-graduação com especialização, cujos cursos não dão direito ao médico a se intitular especialista. Para o presidente do Simers, Paulo de Argollo Mendes, este tipo de curso pode confundir médicos e, por consequência, pacientes.
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– Quem fez essa especialização, não é um especialista, pois tais cursos não são vinculados às Sociedades de Especialidade ou à Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). Não permitirem ao egresso anunciar-se como especialista nem a registrar o título no Conselho Federal de Medicina (CFM) – ressalta Argollo.
Por meio de nota oficial, o Simers vem alertando médicos sobre o assunto e está propondo ao MEC que esses cursos tenham outro nome como "curso de extensão, atualização ou de aprimoramento". A proposta do Simers está em estudo pelo MEC.
Em medos do ano passado, o Simers também acionou o MEC após uma empresa de Porto Alegre anunciar curso de semi-residência médica. Como essa modalidade de curso não existe, o MEC notificou a empresa que retirou a propaganda do seu site. A irregularidade também é repudiada pela Associação Médica do Rio Grande do Sul.