Claudia Chiquitelli
Especial
Diante do desemprego que marcou 2016, também se viu milhares de iniciativas empreendedoras que aqueceram o mercado e proporcionaram trabalho para muitos brasileiros. E se a vontade é abrir um negócio no próximo ano, não vai faltar inspiração de quem venceu o período atual com histórias de coragem e faturamentos expressivos. Reunimos aqui algumas empresas que deram certo e podem ser uma alavanca para o ano-novo.
Ensino de inglês
A rede de ensino de inglês, Minds, alcançou um dos maiores índices de entrega de certificados em 2016, mesmo com muitos alunos tendo cancelado as matrículas, e um faturamento de R$ 75 milhões. A empresa, que opera há nove anos no país e em cinco regiões, não abre mais do que dez unidades no ano. Um empreendimento exige um investimento inicial de 200 a 250 mil.
– A Minds estuda a região para que o franqueado só aposte no negócio se realmente tiver chances de lucro e público interessado em aprender o idioma – explica a CEO da rede, Leiza Oliveira.
Agência de Marketing Digital
Quando o CEO e co-founder da agência ABlab, Hugo Collier e Paulo Fernandes, criaram a startup especializada em marketing digital, em agosto do ano passado, não imaginavam a dimensão que o negócio iria tomar. A empresa tem uma unidade em São Paulo – já ocupa dois andares de um edifício – e registrou faturamento de 4,5 milhões este ano. Conforme a ABlab, o aporte investido para a criação da agência veio dos próprios sócios e foi recuperado em menos de oito meses. Tecnologia é um bom nicho de investimento em 2017.
E-commerce de semijoias
A fundadora do e-commerce de semijoias Francisca Joias, Sabrina Nunes, apostou no controle de estoque, design arrojado e um site simples para navegar, para conseguir avançar no seu negócio e atingir um faturamento de 3 milhões em 2016.
–Percebi que a mulher brasileira está cada vez mais ocupada, seja por causa do trabalho, filhos, amigos, enfim. Valorizei o que temos de menos: o tempo. Logo, com um clique é possível comprar semijoias com qualidade e trocar experiências com outras consumidoras. Uso as redes sociais para ir além da compra em si. Minhas clientes conversam sobre a vida – comemora Sabrina, que usa o bordão "não vendemos semijoias, contamos histórias", para definir sua empresa.
Esterilizadores
A Sterilair investiu no B2C como forma de se reinventar e permanecer no mercado. Com mais de 30 anos de atuação, a empresa está fechando o ano com mais de 3 milhões de faturamento.
– Nossos representantes são fundamentais para o negócio. Apostar no B2C foi a melhor estratégia para 2016 – evidencia o diretor de comunicação da indústria de esterilizadores, Felipe Prado, definindo o produto como a "chave do sucesso" da empresa neste ano.
Eventos corporativos
A Magnólia nasceu em 2011, em um quarto, pois as fundadoras, amigas de faculdade, não tinham como arcar com custos de aluguel e permaneceu nesse espaço por dois anos. Desde lá, a empresa, especializada em eventos corporativos, cresceu 590% e neste ano já faturou R$ 1,3 milhão. As sócias Ana Gomes e Livia Mangini comentam que o diferencial da Magnólia, além dos anos de amizade entre elas, é a atenção que cada colaborador oferece ao cliente. Além da consultoria durante todas as fases do projeto, a agência disponibiliza acesso a uma plataforma online para que ele possa acompanhar o passo a passo da concretização do trabalho.