Claudia Chiquitelli
Especial
As vagas temporárias devem encerrar o ano com uma diminuição de 48,7% em comparação com 2015, conforme o Banco Nacional de Empregos (BNE), site especializado que informa sobre vagas e disponibiliza currículos de profissionais. Entretanto, o estudo aponta para uma maior estabilidade nessa opção de emprego em 2017, mas ainda sem registro de crescimento.
– O trabalho temporário é prestado por pessoa física para atender a demanda transitória de empresa utilizadora e funciona como porta de entrada para o mercado de trabalho, além de possibilitar desenvolvimento e crescimento profissional. É uma modalidade de emprego mais sensível às variações do mercado e sua retomada geralmente acontece antes das contratações efetivas, já que é uma boa opção para momentos de incerteza econômica – explica o representante do BNE Raul Valdera Junior.
Os dados atuais indicam estabilidade do mercado de trabalho. Assim, ao avaliar a tendência de abertura de vagas nas agências de trabalho temporário, a pesquisa confirma a expectativa apontada pelo governo federal, de que o desemprego comece a cair em 2017.
Na projeção para o primeiro trimestre do próximo ano, ainda há uma pequena diminuição na oferta de vagas, comparado com o mesmo período de 2016. Porém, o cenário deve manter-se mais estável para os demais trimestres de 2017.
Outro item do estudo mostra que o poder aquisitivo da população, especialmente evidenciado pelas médias salariais de vagas de vendedores, vem diminuindo gradativamente desde 2014. Até o final de 2016, a queda será de 36,5% e, em 2017, poderá chegar a 46,1%.
A pesquisa
Para chegar à análise, foram consideradas vagas abertas por agências de trabalho temporário cadastradas no site do BNE, no período de janeiro de 2014 a agosto de 2016, totalizando 10.511.301 oportunidades. O estudo também considerou aspectos salariais, avaliando os cargos mais ofertados e a média de remuneração anual dos mesmos.