A 4ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), com sede em Caxias do Sul e que abrange 14 municípios, está avaliando planos de escolas estaduais para recuperação de aulas após a última greve de professores.
De acordo com a coordenadora pedagógica da CRE, Ivanete da Rocha Miranda, existe a possibilidade de que, em alguns casos, as aulas se estendam até o início de janeiro, o que vai depender da situação de cada escola. Cada instituição vai decidir em conjunto com os pais e a comunidade escolar a melhor forma de fazer a recuperação, considerando determinados critérios. O limite de sábados com dias letivos, por exemplo, é de 15. Parte das escolas decidiu abrir mão do recesso escolar de inverno.
A situação de cada escola é diferente em relação ao número de turmas que não cumpriram dias letivos ou ficaram sem aulas em determinadas disciplinas. Professores que aderiram à greve, de matérias em particular que não foram ministradas a turmas que cumpriram dias letivos, poderão ministrar o conteúdo em seus horários de expediente, avançando sobre o período de recesso ou férias escolares, mas não poderão utilizar os sábados para dias letivos que já foram cumpridos.
Os alunos que não frequentaram aulas em função de ocupações poderão recuperar os conteúdos através de estudos compensatórios. Nesta modalidade, o estudante frequenta a escola em turno inverso e é atendido pelo professor, que repassa o conteúdo e pode utilizar a estrutura de uma biblioteca ou laboratório de informática. Em relação à disponibilidade do professor para supervisionar os alunos, a coordenadora pedagógica explica que uma possibilidade é a de professores que fizeram greve compensarem carga horária.
A CRE irá manter os cronogramas decididos pelas escolas, e avaliará apenas se os planos se enquadram nos critérios estabelecidos. A Coordenadoria tem até a próxima segunda-feira (25) para encaminhar os planos homologados à Secretaria Estadual de Educação.
Confira como as escolas de Caxias do Sul mais afetadas pela greve e pelas ocupações estão encaminhando seus cronogramas:
Clauri Alves Flores (paralisada devido à greve dos professores durante todo o período): atividades alternativas, como palestras, além de aulas nos sábados. Não haverá recesso escolar. Há previsão de entrar na primeira semana de janeiro.
Escola Estadual Professor Apolinário Alves dos Santos (paralisada devido à ocupação de alunos): recuperação de aulas em sábados; não farão feriadões e nem as férias de julho. O recesso para os alunos começaria na quinta-feira, dia 21, e seguiria até o final do mês, com retorno em 1º de agosto. Aulas seguirão até 30 de dezembro. Sem a paralisação, as aulas encerrariam em 22 de dezembro.
Escola Aristides Germani (paralisada devido à ocupação de alunos): conforme decidido pela comunidade escolar, não haverá recesso em julho. Porém, poderá haver novas alterações no calendário.
Cristóvão de Mendonza (paralisada devido à ocupação de alunos): aulas foram retomadas em 8 de junho, porém, um grupo de alunos seguia ocupando parte do prédio. Estudantes que participaram das ocupações farão estudos compensatórios no turno inverso. Os estudantes do diurno terão férias, já para os do noturno ainda não há decisão.