Servidores municipais de Porto Alegre ligados à educação protestam desde o início da manhã desta segunda-feira (27) em frente ao prédio da Secretaria Municipal da Educação (Smed), na Rua dos Andradas, região central da cidade. Pessoas que trabalham no prédio, que abriga outras pastas, foram impedidas de entrar. Com isso, os atendimentos do Procon de Porto Alegre e de parte da Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic) estão suspensos.
Os consumidores que precisarem dos serviços do Procon terão de esperar até a terça-feira (28) para a obtenção de retorno da demanda. É possível registrar reclamações no aplicativo ou no site do órgão. No entanto, como a central virtual fica no mesmo prédio, também serão recebidas somente amanhã.
"Segunda-feira é o dia de maior movimento. Cerca de 500 consumidores", relata o diretor do Procon da Capital, Cauê Vieira.
A emissão de alvarás de localização e funcionamento de estabelecimentos comerciais, que ocorre diariamente entre 10h e 16h, também está paralisada. Esse é um dos principais serviços da Smic oferecidos no local.
Além de impedir o acesso ao prédio, os servidores bloquearam a Rua dos Andradas a partir da Rua General Bento Martins. As ruas Siqueira Campos e Duque de Caxias são as alternativas. Não há previsão para o encerramento do ato.
Protesto
De acordo com a diretora-geral da Associação dos Trabalhadores em Educação do Município de Porto Alegre (Atempa), Silvana Moraes, o protesto não é somente por reajuste salarial.
"Nós estamos no mês de junho e ainda temos escolas que não têm seu quadro de professores completo. Há turmas ainda sem aula de português, matemática, história e geografia", relata.
Ela ainda destaca que as condições para o atendimento a alunos especiais são precárias. A insegurança nas escolas também é alvo de reclamações dos trabalhadores.