Uma paralisação dos professores está marcada para o primeiro dia de aula da rede estadual de ensino, na próxima segunda-feira. O Cpers-Sindicato convocou escolas para que não abram as portas e pediu que pais, alunos e educadores participem de uma manifestação nas ruas centrais de Porto Alegre.
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A concentração está marcada para as 13h30min, no Largo Glênio Peres, de onde deve sair uma caminhada até o Palácio Piratini. Em frente à sede do governo estadual, está marcado um evento chamado de Aula Cidadã – segundo o sindicato, um debate sobre assuntos como segurança, saúde e educação.
– Não temos mais condições de sobreviver. A gente entende a situação pela qual passa o Estado, mas o governo tem que nos dar alguma luz – argumenta a presidente do Cpers, Helenir Schürer.
Por outro lado, o secretário estadual de Educação, Vieira da Cunha, sugere que os pais levem os filhos para os colégios.
– Nós estamos pedindo que os diretores atendam os estudantes – disse Vieira da Cunha. Além disso, ele garante que serão cumpridos os 200 dias letivos exigidos pelo Ministério da Educação.
Também está definido que nos dias 15, 16 e 17 de março haverá greve dos professores estaduais. Uma assembleia, no dia 18, irá definir a continuidade ou não do movimento.
A luta dos professores continua sendo, entre outras demandas, o pagamento do piso nacional fixado em R$ 2.135,72. Como um professor iniciante no RS recebe do governo hoje R$ 1.260,20, seria preciso um reajuste de 69,44% para que a reivindicação seja atendida. O último reajuste da categoria ocorreu em novembro de 2014, quando os vencimentos passaram de R$ 1.108,16 para os atuais valores. Em 2015 e 2016, o governo não forneceu os aumentos de 13,01% e 11,36%, respectivamente, estipulados pelo Ministério da Educação.