O Rio Grande do Sul aparece na quarta colocação entre os Estados com melhor domínio da língua inglesa no país - uma posição à frente da registrada em 2014. O nível de proficiência dos gaúchos, porém, ainda é considerado baixo.
Segundo o Índice de Proficiência em Inglês 2015 (EPI, na sigla em inglês), o Distrito Federal foi o primeiro colocado, à frente de São Paulo (2º) e Rio de Janeiro (3º). Quando comparado a outras nações, o Brasil perdeu posições, apesar de ter demonstrado evolução no idioma: ficou em 41º lugar, três abaixo do registrado nos últimos dois anos.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pela empresa de educação internacional EF Education First. O estudo, de escala mundial, foi feito a partir de exames de inglês realizados no ano passado por 910 mil adultos em 70 países e territórios que não têm o inglês como idioma nativo. Esta é a quinta edição do EPI, considerado o mais abrangente índice de competência em inglês do mundo.
Europa tem o melhor nível de língua inglesa
O levantamento mostrou que os suecos são os que melhor falam inglês, seguidos dos holandeses e dinamarqueses. Já o Oriente Médio e o Norte da África são as regiões com o inglês mais fraco. De acordo com o índice, a Europa tem a melhor proficiência no idioma entre todas as regiões do mundo. Países europeus, particularmente os nórdicos, continuam a superar as outras regiões, ocupando as primeiras 10 colocações do ranking.
Apesar de ter, em média, níveis considerados baixos, a América Latina tem registrado uma trajetória positiva desde 2007. Dos 14 países latino-americanos que aparecem no índice de 2015, todos exceto a Colômbia melhoraram desde o ano passado. O destaque da região vai para Argentina e República Dominicana, que apresentaram, respectivamente, proficiência alta e moderada.
Indicadores afetados pela habilidade em inglês
Além de avaliar o conhecimento da língua, o estudo também traçou paralelos entre essa proficiência e indicadores como renda per capita, qualidade de vida e conectividade. O levantamento ainda explorou, pela primeira vez, a conexão entre o domínio do inglês nos países e o nível de inovação em suas respectivas economias.
Conforme o Índice de Proficiência em Inglês 2015, países com proficiência "muito alta", como Dinamarca e Noruega, têm uma expectativa de vida média de 80 anos, enquanto em nações com índice muito baixo, como Turquia e Egito, a expectativa cai para 73 anos.
Quanto à inovação, países com os melhores níveis do idioma têm aproximadamente 4,9 mil pesquisadores por milhão de habitantes. Já onde a proficiência é mais baixa, esse número cai para 450 por milhão.