A justiça russa confirmou na quarta-feira, em apelação, a pena de três anos em campo de reclusão de um ambientalista que denunciou o impacto das obras dos Jogos Olímpicos de Inverno, disputados em Sochi.
O tribunal regional de Krasnodar (sudoeste) rechaçou a apelação de Evgueni Vitichko, geólogo que faz parte da organização ambientalista EWNC, que atua no Cáucaso Norte.
Ao lado de outro ativista, Suren Gazarian, que fugiu da Rússia e está refugiado na Estônia, Vitichko foi condenado em 2012 em primeira instância a uma pena de três anos por ter rompido a cerca que rodeava, no meio de uma floresta, a residência do governador de Krasnodar, Alexandre Tkachev
Segundo a ONG, a cerca era ilegal e os ecologistas escreveram nela frases como "É nossa floresta" e "Sania ladrão", usando o apelido do governador.
Vitichko também participou da redação de um relatório que denuncia o impacto ambiental das obras faraônicas dos Jogos de Sochi, os mais caros da história, e que são um projeto pessoal do presidente russo, Vladimir Putin.
- A decisão de colocar Vitichko na prisão é o resultado da pressão das autoridades. O objetivo é isolar a comunidade local e internacional por causa de sua militância - disse o advogado do ativista, Alexandre Popkov, durante a audiência.
Pelo menos seis ativistas do EWNC foram detidos desde o mês de novembro, em alguns casos durante 15 dias.