Astrônomos solucionaram um mistério de 40 anos por meio do telescópio Hubble, da Nasa. Trata-se da origem do Fluxo de Magalhães, uma longa faixa de gás que se estende em torno da Via Láctea e é encabeçada pelas Nuvens de Magalhães.
Desde 1970, quando radiotelescópios detectaram a corrente gasosa, astrônomos se perguntam se sua origem é uma ou ambas as galáxias anãs. Novas observações revelaram que a maior parte do gás foi retirado de uma delas, a Pequena Nuvem de Magalhães, cerca de 2 bilhões de anos atrás, e uma segunda região das correntes surgiu mais recentemente, a partir da Grande Nuvem de Magalhães.
A descoberta é relevante em especial porque pode fornecer pistas sobre a formação de estrelas. O fluxo gasoso pode passar pelo disco da Via Láctea, alimentando o nascimento de novos astros. Esta infusão de gás fresco é parte de um processo que desencadeia a formação de estrelas em uma galáxia. Os astrônomos querem saber a origem desse gás rebelde, a fim de melhor compreender como as galáxias fazem novas estrelas.
- Queremos entender como as galáxias como a Via Láctea capturam o gás de pequenas galáxias e depois o utilizam para formar novas estrelas - explicou o astrônomo Andrew J. Fox, à frente da equipe que fez a descoberta. - Parece ser um processo episódico. Ele não é um processo suave, onde uma corrente lenta de gás vem continuamente. Ao invés disso, de vez em quando uma grande nuvem de gás cai dentro Nós temos uma maneira de testar isso aqui, onde duas galáxias estão caindo na nossa. Nós mostramos qual delas está produzindo o gás que por fim vai cair na Via Láctea .